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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil poucos dias após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão. Em entrevista concedida nesta terça-feira (3), ela confirmou estar na Europa, sem revelar o país.
Zambelli afirmou que viajou para dar continuidade a um tratamento médico, mas reconheceu que a condenação pesou em sua decisão de sair do país. A parlamentar disse ainda que vai solicitar afastamento não remunerado do cargo. Com sua ausência, assume o suplente, Coronel Tadeu (PL-SP).
A deputada foi condenada por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com auxílio do hacker Walter Delgatti. Ambos também foram sentenciados a pagar R$ 2 milhões em indenização por danos morais coletivos.
Além da perda do mandato, a decisão do STF também cita falsidade ideológica. A condenação será efetivada após o esgotamento dos recursos legais.
Zambelli é ré em outro processo, relacionado a um episódio em que sacou uma arma e perseguiu um jornalista às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. Durante a entrevista, a deputada se disse injustiçada e alegou agir em legítima defesa.
Ela também criticou o STF, repetiu alegações infundadas sobre as urnas eletrônicas e disse que, fora do Brasil, pode falar livremente sem medo de novas punições.
Zambelli comparou sua situação à do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que se afastou e se mudou para os Estados Unidos. A deputada afirmou que sua saída não representa abandono do país, mas uma forma de “resistência”.
Por fim, informou que sua mãe passará a administrar suas redes sociais e pediu que seus apoiadores permaneçam conectados por esse canal.