Tempo estimado de leitura: 3 minutos
A Câmara de Maringá sorteou, na sessão desta terça-feira (27), os vereadores que ficarão responsáveis pela condução da Comissão Processante (CP) que julgará um pedido de cassação contra a vereadora Cris Lauer (Novo), protocolado pelo advogado Kim Rafael Antunes. Nesta terça (27), o legislativo cumpriu uma determinação judicial que obrigava a Câmara a pautar a abertura do processo, mesmo após a decisão da Mesa Diretora pelo arquivamento.
O placar da votação do pedido de abertura da Comissão Processante ficou em 17 votos a 3. Apenas a própria Cris Lauer, o colega de partido Daniel Malvezzi (Novo) e a também vereadora Giselli Bianchini (PP) votaram contra a abertura.
Por meio de sorteio, ao fim da sessão, o legislativo escolheu os membros da CP, que serão três: Willian Gentil (PP), Sidnei Telles (Podemos) e Maninho (Republicanos) farão parte da equipe, que terão até 90 dias para a conclusão do parecer final. Gentil será o presidente da Comissão, enquanto Telles será relator. Para o Maringá Post, os membros da comissão informaram que ainda definirão as datas das primeiras reuniões.
Em seus discurso na tribuna logo após a leitura do processo, Lauer se defendeu das acusações, negando que o advogado tenha trabalhado para ela em horário de expediente da Câmara e afirmando que, na época, o gabinete chegou a consultar a OAB, que não teria apontado irregularidades no caso. Procurada pela reportagem ao fim da sessão, a parlamentar preferiu não se manifestar sobre o assunto.
Entenda o caso
O pedido de abertura de processo de cassação foi protocolado pelo advogado Kim Rafael Antunes, via e-mail, na manhã de terça-feira, de 6 maio. Ele fundamenta-se numa condenação da Justiça contra a vereadora ocorrida no dia 5 de maio. Lauer foi acusada de improbidade administrativa e condenada, pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Maringá, ao ressarcimento de R$ 19,6 mil aos cofres públicos e ao pagamento de multa no mesmo valor, em um processo que corre na Justiça desde 2022.
O motivo do processo teria sido o uso da vereadora de um antigo chefe de gabinete, que era advogado, para defendê-la em processos particulares. No dia 14 de maio, a Mesa Diretora chegou a votar pelo arquivamento do pedido de cassação ao concluir que o mesmo não tinha legalidade. No entanto, a Justiça atendeu a um mandado de segurança, impetrado por Kim Rafael, que obrigou o legislativo a votar a abertura, ou não, do processo.
Comentários estão fechados.