Quatro vereadores manifestam interesse em concorrerem à Presidência da Câmara de Maringá

Após afastamento definitivo de Hossokawa, Legislativo aguarda ofício do Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar a convocação de nova eleição para o cargo. Conforme apurado pela reportagem, uma das candidaturas já larga na frente na articulação com os demais vereadores. Em discurso na tribuna nesta terça-feira (18), Mário afirma deixar o cargo de cabeça erguida: “No voto, ninguém conseguiu me derrubar”.

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    Quatro vereadores já manifestaram o interesse em concorrer à Presidência da Câmara de Maringá. Na madrugada desta terça-feira (18), o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou no Diário Eletrônico de Justiça (DJE) a determinação pelo afastamento definitivo de Mário Hossokawa (Progressistas) da função, na qual já estava afastado liminarmente desde o dia 21 de janeiro.

    Embora tenha dito ao Maringá Post que ainda não se decidiu se tentará recurso contra a decisão, Hossokawa usou a tribuna durante a sessão desta terça (18) e falou em tom de despedida. O parlamentar agradeceu aos colegas vereadores e servidores do legislativo no qual conviveu durante 12 anos no cargo, que ocupava de forma interrupta desde janeiro de 2017, e disse que deixa a função de cabeça erguida.

    “Eu fico muito preocupado de deixar a Presidência neste momento, porque é uma nova Câmara que nós estamos agora tendo aqui, que de 15 aumentamos para 23, então estamos reestruturando a Casa ainda. E também tem a questão da obra em andamento, tem a questão do salão do lado que nós alugamos. Então tem diversas situações que eu gostaria de estar na frente de todas essas situações, mas ao mesmo tempo também eu não vou baixar a cabeça porque não vou ser presidente, afinal eu fiquei 12 anos na Presidência da Casa. Então é uma honra muito grande para mim ter sido 12 anos presidente da Câmara de Vereadores, da terceira maior cidade do nosso Estado e também receber dos 21 votos dos nossos 23 vereadores. Então, no voto, ninguém conseguiu me derrubar até agora, só no tapetão mesmo que estão conseguindo me derrubar, mas não vou baixar a cabeça, vou continuar trabalhando da mesma forma”, disse Hossokawa.

    De acordo com o regimento interno da Câmara, o presidente em exercício, no caso Sidnei Telles (Podemos), tem até cinco dias úteis, a contar da data da notificação judicial sobre a decisão do Supremo, para convocar novas eleições para o cargo. Há a expectativa de que o ofício do STF chegue à Câmara ainda nesta terça-feira (18).

    Qualquer vereador é livre para se candidatar à Presidência. Caso o eleito seja algum integrante da mesa diretora, uma segunda eleição é realizada, no mesmo processo, para aquele cargo em específico. Ocupando interinamente a função desde o afastamento de Hossokawa, Sidnei Telles é um dos nomes interessados em disputar o cargo, desta vez de forma efetiva.

    “Se ficar efetivada a condição de afastamento do vereador Mário Hossokawa, que foi eleito com uma quantidade de votos bastante grande na eleição que o tornou presidente, eu me colocarei à disposição dos vereadores para ser candidato a presidente”, disse Sidnei, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18).

    Além dele, o vereador Odair Fogueteiro (Progressistas), atual líder do Executivo na Câmara, procurou a reportagem do Maringá Post e afirmou que será candidato. Ele não gravou entrevista sobre o assunto. Ainda no Progressistas, Majô Capdebosq também deve colocar o nome à disposição na eleição. Conforme apurado pela reportagem, hoje ela é a favorita ao cargo.

    Internamente, há um acordo entre os vereadores para reconduzir ao cargo outro vereador do PP, pelo fato da legenda ser a maior bancada do legislativo. Na função de 1ª Secretária, a eleição de Majô à Presidência serviria para manter no cargo um parlamentar alinhado com o Executivo e mantendo a harmonia entre os poderes. Ao Maringá Post, a vereadora se manifestou por meio de nota, informando que “prioriza as decisões do grupo ao qual faz parte” e, “caso seja o entendimento”, colocará o nome à disposição.

    Cris Lauer (Novo), que foi candidata no dia 1º de janeiro, quando Hossokawa foi reconduzido ao sétimo mandato consecutivo, também manifestou o interesse em colocar o nome mais uma vez à disposição. A candidatura dela seria a única da chamada ‘oposição’ no legislativo. Ela confirmou o interesse na candidatura em contato com a reportagem.

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