Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O ex-governador do Paraná e atual deputado federal Beto Richa (PSDB) teve todos os processos contra ele na Lava Jato e em outras quatro operações anulados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. A decisão, desta terça-feira (19), acolheu um pedido da defesa de Richa, que alegou ilegalidade e parcialidade na atuação de procuradores e do ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil).
Toffoli determinou a nulidade absoluta de todos os atos praticados contra Richa, incluindo as decisões de Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, e o trancamento das persecuções penais nas operações Rádio Patrulha, Piloto, Integração, Quadro Negro e Spoofing. Essas operações investigavam desvios de dinheiro em obras públicas, concessões de rodovias e crimes cibernéticos.
Na decisão, Toffoli citou Richa, que afirmou que houve uma “atuação coordenada entre a força tarefa e o ex-juiz Sergio Moro, na tentativa de incriminar o requerente mesmo antes de haver denúncias formuladas contra ele”. O ministro considerou que houve um “quadro de conluio processual entre acusação e defesa em detrimento de direitos fundamentais do requerente”.
Richa comemorou a decisão e disse que era acusado e investigado injustamente. Ele afirmou que sofreu com as acusações e com linchamento público. Ele disse que está feliz com a sua redenção e o resgate da sua moral, honra, reputação e dignidade.
Diogo Castor de Mattos, ex-procurador da Lava Jato, e o MPF não se manifestaram sobre a decisão. Sergio Moro, em nota, disse que decretou a prisão preventiva do ex-chefe de gabinete de Richa a pedido do MPF e que não houve nenhuma medida coercitiva contra o deputado. Ele negou qualquer ação coordenada ou medida direcionada a incriminar alguém falsamente.
Fonte: G1 PR.
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