Entrevistado do Maringá Post nesta quinta-feira (21), o ex-deputado estadual diz ter propostas para áreas que considera prioritárias e evita fazer uma avaliação da atual administração: “Quem faz a devida avaliação é a população”.
Por Victor Ramalho
Doutor Batista (União Brasil) talvez seja a figura mais conhecida no rol dos políticos em atividade em Maringá. Na vida pública desde 1993, o médio e ex-deputado estadual disputou todas as eleições à Prefeitura de Maringá no século XXI, com exceção a disputa de 2016.
Em 2000, quando obteve o melhor resultado na corrida ao Executivo, à época ainda filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi ao segundo turno com José Cláudio Pereira Neto (PT), ficando em segundo lugar com 46.659 votos (30% do total).
Em 2023, ele não está exercendo um cargo eletivo, mas não deixou a atividade pública, sendo o atual Coordenador Regional da Casa Civil do Governo do Paraná, em Maringá. E a pouco mais de 1 anos das próximas eleições municipais, ele já pensa na próxima disputa. Pré-candidato a prefeito pelo União Brasil, Batista conversou com a reportagem do Maringá Post nesta quinta-feira (21).
Na entrevista, o agora ex-parlamentar afirmou já ter projetos para áreas que considera essenciais. “Vou trabalhar muito em cima das propostas que considero prioritárias: Saúde, Segurança Pública, Mobilidade Urbana, Geração de Empregos, Arborização e acima de tudo, buscar soluções para pessoas em situação de rua”, disse.
Sobre a expectativa por mais uma disputa eleitoral, Doutor Batista afirma estar preparado para gerir a cidade. Uma preparação que, conforme o candidato, vem de uma vida toda de dedicação. “Eu quero muito entrar no rol dos gestores, realizar o trabalho a que me proponho ao longo de uma vida dedicada ao próximo e vir a ser avaliado pela nossa população”, afirmou.
Ainda na entrevista, o pré-candidato também falou sobre sua impressão da atual administração e a disputa interna pela indicação do atual partido, que já tem outros nomes com pretensão de disputar o Executivo em 2024. Confira a entrevista completa:
- Não faz muito tempo que o senhor estava com mandato eletivo, como deputado estadual. O que tem feito o Doutor Batista fora da assembleia? Sabemos que segue na política, agora em outra função. Nos conte mais sobre.
Batista: “Por convite do Governo do Estado, assumimos a Coordenação Regional da Casa Civil, cuidando desta forma das demandas de todos os municípios da nossa região, fazendo um elo entre o Executivo e o Legislativo. E fora deste horário, ainda tenho me dedicado a Medicina e também proferindo palestras voluntárias sobre Medicina Preventiva nas empresas, colégios e igrejas. Esse trabalho voluntário é algo que me acompanha desde antes da política”.
- Atualmente, o senhor pertence a um partido que tem muitas lideranças, uma outra inclusive já declarada como pré-candidato, assim como o senhor. Como está essa questão e como o senhor administra essa expectativa? Uma vez que ainda faltam alguns meses até as convenções.
Batista: “Vejo que quanto mais lideranças e pré-candidatos um partido tiver, mais fortalecido estará o processo democrático. Isso acontece no Brasil e nos países mais desenvolvidos. Uma boa conversa, diálogo e entendimento resolvem tudo. Trata-se de um processo estritamente interno e são seus pré-candidatos que farão as escolhas, tudo no seu tempo”.
- Caso o seu atual partido considere lançar outro nome na disputa, o senhor avaliaria concorrer ao Executivo por outra legenda?
Batista: “Na política, precisamos respeitar as regras. Considero prematuro, neste momento, qualquer tipo de manifestação sobre o assunto, ainda mais considerando que a legislação programou as convenções em período posterior ao prazo final de filiação. Tudo é uma construção e uma pré-candidatura não depende exclusivamente da vontade de uma pessoa, pois somos todos nós que formamos um partido e, muitas vezes, o xadrez eleitoral surpreende até os mais experientes. Vamos aguardar”.
- Ainda na questão partidária, como estão as conversas com outras legendas? Já temos um desenho de coligação se formando?
Batista: “São pontos fundamentais e que só vão se desenhando com a proximidade das convenções. Essas conversas também passam pelo aval das direções estaduais e federais dos partidos. As conversas sempre existem mas, no caso, as definições só ocorrem no ano eleitoral. Por considerar que ainda estamos há mais de 1 ano do pleito, qualquer antecipação seria temerária”.
- Considerando que o senhor se lance como candidato, assumiria uma posição de situação, oposição ou independência da atual gestão?
Batista: “Ao longo de minha trajetória política, sempre me pautei por uma posição de independência. O extremismo, seja de qual lado for, nunca mais bem dentro da gestão pública. Sempre tive um profundo respeito por todos que construíram e ainda constroem a história de Maringá. Os mandatos que exerci provam que sempre ajudei no que pude. Cabe aos maringaenses avaliar cada gestão e dar seu veredito”.
- De forma geral, que avaliação o senhor faria da gestão pública em Maringá atualmente?
Batista: “Considerando que o atual prefeito foi reeleito, certamente teve seus méritos para que isso acontecesse. O segundo mandato ainda está longe de terminar e sabemos que ainda há projetos anunciados. Uma avaliação agora poderia soar eleitoreira e penso que quem faz a devida avaliação é a população. Eu quero muito entrar no rol dos gestores, realizar o trabalho a que me proponho ao longo de uma vida dedicada ao próximo e vir a ser avaliado pela nossa população”.
- Na visão do senhor, qual o maior problema que a cidade enfrenta atualmente? E como fazer para resolver isso?
Batista: “Vou trabalhar muito em cima das propostas que considero prioritárias: Saúde, Segurança Pública, Mobilidade Urbana, Geração de Empregos, Arborização e acima de tudo, buscar soluções para pessoas em situação de rua, ampliando parcerias com entidades para dar o devido acolhimento e viabilizando recursos das esferas estadual e federal”.
Sobre a Série de Entrevistas do Maringá Post com os pré-candidatos a prefeito
Iniciada na segunda-feira (11), a Série de Entrevistas do Maringá Post se propõe a ouvir todos os pré-candidatos à Prefeitura de Maringá. Dois pré-candidatos serão entrevistados por semana, com as reportagens indo ao ar nas segundas e quintas-feiras, sempre às 12h. Até o momento, já foram ouvidos Homero Marchese (Republicanos), Humberto Henrique (Solidariedade) e Sidnei Telles (Avante).
A ordem das entrevistas foi definida a partir da disponibilidade de agenda dos entrevistados e o calendário completo das publicações do mês de setembro pode ser conferido neste link. A agenda das entrevistas do mês de outubro será divulgada nos próximos dias.
Foto: Orlando Kissner/Alep
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