Comissão de Educação da Câmara quer esclarecimentos sobre professor preso por importunação sexual em Maringá

O profissional foi preso pela Polícia Civil na semana passada. Legislativo quer saber como um professor que responde processo administrativo seguia lecionando normalmente em Sarandi.

  • O profissional foi preso pela Polícia Civil na semana passada. Legislativo quer saber como um professor que responde processo administrativo seguia lecionando normalmente em Sarandi.

    Por Victor Ramalho

    A Comissão de Educação da Câmara de Maringá vai solicitar esclarecimentos junto ao Núcleo Regional de Educação (NRE) sobre o caso de um professor, da rede estadual de ensino, preso por suspeita de importunação sexual contra alunas. O profissional, de 47 anos, foi preso no dia 25 de abril, em Maringá, após uma investigação do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente de Maringá (Nucria).

    Conforme as investigações, o professor teria importunado sexualmente ao menos nove alunas, com idades entre 12 e 14 anos, em Maringá, e já teria sido afastado de um colégio estadual em Paiçandu, em maio de 2022, por suspeita do mesmo crime.

    Ainda de acordo com o Nucria, o suspeito relatou em depoimento que seguia dando aulas em um colégio de Sarandi. E é isso que o legislativo quer apurar. Conforme o presidente da Comissão de Educação da Câmara de Maringá, vereador Sidnei Telles (Avante), os parlamentares querem saber como um professor que já respondia processo administrativo seguia lecionando normalmente em outra cidade.

    “É claro que não tem como o Governo do Estado ou o próprio Núcleo Regional de Educação (NRE) prever quando um profissional terá esse tipo de conduta. Mas é importante tentar esclarecer o que ocorreu, porque nesse caso, em específico, o professor seguia dando aulas mesmo com um processo administrativo em aberto”, declarou o vereador.

    Apesar do professor investigado dar aulas em Sarandi, a comissão maringaense acredita ser importante ouvir os esclarecimentos do NRE. Ela quer apurar quais são os critérios adotados pelo órgão neste tipo de caso.

    “O Núcleo Regional de Educação de Maringá atende várias cidades. Queremos saber se os mesmos critérios usados em Sarandi são usados também em Maringá, por exemplo. E o principal, entender quais critérios são esses”, afirma Telles.

    De acordo com a Polícia Civil, o professor dava aulas na rede estadual após ser aprovado em Processo Seletivo Simplificado (PSS). Por meio de nota enviada ao Maringá Post na semana passada, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) confirmou que o suspeito “responde a PAD (Processo Administrativo Disciplinar) aberto pela Seed-PR e conduzido pelo NRE Maringá devido a denúncias de assédio feitas por estudantes à diretora da instituição de ensino, que levou o caso ao NRE para ser apurado administrativamente e também orientou os pais a fazerem o boletim de ocorrência na polícia”.

    A reportagem procurou a SEED novamente nesta quarta-feira (3), que informou que ainda não foi notificada oficialmente pela Comissão de Educação da Câmara, mas que, quando for, prestará todos os esclarecimentos solicitados.

    Foto: Arquivo/CMM

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