7 em cada 10 brasileiros rejeitam a política de armas de Bolsonaro

O presidente conta com maior apoio entre os homens, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos e os evangélicos.

  • O presidente conta com maior apoio entre os homens, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos e evangélicos. Foto: 

    Ao que parece, diferente do que pensa o presidente Jair Bolsonaro, o brasileiro não apoio a política de armas como estratégia de segurança pública.

    É o que revelou a mais recente pesquisa do Datafolha.

    Segundo o levantamento feito com cerca de 2,5 mil pessoas em 181 cidades do país, a maioria dos brasileiros rejeita a ideia de que as armas são uma boa estratégia para a segurança.

    A pesquisa mostrou que 7 a cada 10 entrevistados, em média, se contrapõem a políticas que favoreçam o armamento da população.

    O levantamento revelou que 72% discordam da frase “a sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência”.

    Também 7 a cada 10 entrevistados (71%) dizem discordar da ideia de que “é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas”.

    Alguns dados interessantes: o percentual de discordância é maior entre mulheres (78%), entre pessoas que se autodeclaram pretas (78%) e entre as que têm menor faixa de renda – ganham até dois salários mínimos (75%).

    Também é curioso notar onde estão os maiores apoiadores da política de armas de Bolsonaro: entre os grupos que concordam com o porte de armas de fogo para maior proteção contra a violência estão brasileiros homens e aqueles com renda familiar de mais de dez salários mínimos (37%).

    Outro ponto: por mais contraditório que possa parecer, é o público evangélico que mais concorda com a defesa das armas.

    A pesquisa ouviu 2.556 pessoas de 181 municípios do país nos dias 25 e 26 de maio.

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