Câmara pode afastar prefeito durante investigação de desvio de dinheiro da Saúde

  • A câmara pode afastar o prefeito para investigar se ele está envolvido no desvio de dinheiro que era para o combate à covid-19

     

    O prefeito de Umuarama, Celso Pozzobom (PSC), pode ser afastado do cargo pelo prazo de 180 dias, período da investigação sobre o possível envolvimento do prefeito no desvio de dinheiro do Fundo Municipal de Saúde.

    O pedido cautelar de afastamento de Pozzobom foi lido na última sessão da Câmara e a entra na pauta de discussões desta sexta-feira (21). Se houver maioria pelo afastamento, três vereadores serão sorteados para uma comissão que dará seguimento à denúncia.

    Nesse caso, o prefeito é imediatamente comunicado e terá 15 dias para apresentar sua defesa prévia. A comissão julga se aceita ou não os argumentos da defesa.

    O passo seguinte é o plenário da Câmara decidir se o prefeito será ou não afastado do cargo.

     

    Aparente tranquilidade

    Nas entrevistas que deu logo após a prisão de servidores da prefeitura e empresários, o prefeito Celso Pozzobom tem dito que foi surpreendido pela operação do Ministério Público e que não tinha conhecimento de que vinha ocorrendo desvio de dinheiro do Fundo Municipal de Saúde.

    Quanto a seu possível envolvimento nos desvios, o prefeito tem dito que nunca participou de irregularidade, conforme entrevista publicada pelo site de notícias O Bem Dito, de Umuarama.

    Prefeito de Umuarama, Celso Pozzobom
    O prefeito Celso Pozzobom nega qualquer envolvimento nos possíveis desvios  Foto: O Bem Dito

     

    Operação Metástase

    A investigação que atinge o prefeito Celso Pozzobom é mais um passo da Operação Metástase, realizada pelo Ministério Público com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), que no início do mês resultou na prisão de sete pessoas e afastamento da secretária de Saúde de Umuarama.

    A Operação investiga a suspeita de desvio de cerca de R$ 19 milhões do Fundo Municipal de Saúde, dinheiro que deveria ser empregado no combate à covid-19. Há suspeita de que parte do dinheiro foi usada na construção de uma casa de veraneio em Porto Rico, na margem do Rio Paraná.

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