Janela partidária mexe com composição da Câmara de Maringá. Ao menos um vereador vai disputar o Executivo

Por enquanto, apenas William Gentil, filiado ao PTB, e Dr. Jamal, do PSL, confirmam que vão mudar de partido

  • O vereador que vai concorrer às eleições em 2020, seja na disputa à reeleição ou como candidato a prefeito ou vice, tem até 3 de abril para mudar de partido sem punição. É o que Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chama de janela partidária. E com o fim das coligações para a eleição de vereadores, a troca de partidos tende a ser mais intensa.

    Na Câmara de Maringá, as novas regras mexem com os vereadores. Por enquanto, apenas William Gentil, filiado ao PTB, e Dr. Jamal, do PSL, confirmam que vão mudar de partido durante a janela eleitoral. Mas os dois ainda não decidiram para qual partido vão migrar.

    Segundo Dr. Jamal, a mudança não está relacionada às novas regras eleitorais. “Sabemos que nas eleições não vão ter mais coligações, têm muitos colegas pensando nisso, mas na minha questão [a mudança] é mais por ideologia”, explicou Dr. Jamal.

    Com o fim das coligações, a avaliação de alguns vereadores é que sozinhos alguns partidos não vão conseguir o número suficiente de votos para eleger um candidato. Além disso, com a cláusula de barreira, o candidato precisa receber no mínimo 10% do quociente eleitoral para ser eleito. Neste caso, os candidatos precisam fazer aproximadamente um mínimo de 1,35 mil votos para não ser barrado.

    Na Câmara de Maringá, 13 dos 14 vereadores ouvidos pelo Maringá Post se declaram pré-candidatos à reeleição. Apenas Carlos Mariucci (PT) confirmou que vai deixar o legislativo para disputar as eleições para prefeito. A reportagem não conseguiu resposta do vereador Professor Niero (PV).

    Por enquanto, a maioria dos vereadores pretende continuar no partido atual, mas alguns não descartam a possibilidade de mudança no período de janela partidária como é o caso do vereador Flávio Mantovani (Cidadania). “Pretendo ficar, mas dependendo da configuração, vou ter que mudar”, disse.

    Os vereadores Belino Bravin e Onivaldo Barris, atualmente sem partido, disseram que pretendem se filiar a uma sigla ligada ao grupo do prefeito Ulisses Maia, como o próprio PDT, atual partido de Maia, ou o MDB do vice Edson Scabora.

    Os dois afirmam que também há possibilidade de migrarem para o PSD, partido do governador Ratinho Junior. Também há um convite para que o prefeito Ulisses Maia se filie ao PSD.

    Convites para disputa da prefeitura

    Jean Marques, filiado ao PV, ainda não sabe se vai mudar de partido. “Estamos tendo bastante conversas agora, mas neste período não consigo responder. Existe a possibilidade de mudar, mas também existe a possibilidade de continuar no PV”, afirmou.

    O vereador disse que recebeu convites de outros partidos para ser candidato a prefeito e a vice-prefeito, mas que a prioridade no momento é “viabilizar um partido para que possa concorrer em uma boa chapa para vereador”. Apesar disso, ele não descarta a possibilidade de disputar as eleições para o Executivo Municipal.

    Outro vereador que disse ter sido sondado para ser vice na chapa de um pré-candidato a prefeito é Odair Fogueteiro (PDT). No entanto, ele afirmou que vai continuar no partido e disputar a reeleição. “O PDT está bem estruturado, com uma chapa muito boa e com chances de fazer de três a quatro vereadores”, avaliou.

    Presidente do PTB em Maringá, Chico Caiana afirmou que não vai deixar a sigla. De acordo com ele, o partido se organiza para montar uma chapa de vereadores e pretende lançar um nome para prefeito ou vice-prefeito. O partido conversa com outros pré-candidatos à prefeitura e deve montar uma coligação para a disputa majoritária.

    “O PTB vai disputar a prefeitura e eu, como presidente do partido, também sou um dos possíveis candidatos a prefeito. Vou disputar alguma coisa, se a prefeito, vice-prefeito ou vereador, eu não sei”, disse.

    Outros vereadores como Mário Hossokawa (PP), Alex Chaves (MDB), Mário Verri (PT), Sidnei Telles (PSD) e Altamir (PSD) são pré-candidatos à reeleição e não pretendem trocar de partido.

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