Cenário político para disputa da Prefeitura de Maringá começa a se definir

Entre desistências e confirmações, o fim de semana foi importante na definição do quadro político

  • Entre desistências e confirmações, o fim de semana foi importante para a definição do cenário político da disputa da Prefeitura de Maringá em 2020. No sábado (8/2), o deputado estadual Homero Marchese (Pros) confirmou, pela primeira vez, que é pré-candidato a prefeito. E o Progressistas (PP) divulgou o nome da coronel Audilene como um dos mais cotados para representar o partido.

    De outro lado, o Partido dos Trabalhadores (PT) sofreu uma baixa. Considerado pré-candidato a prefeito e com apoio de lideranças da sigla, padre Léo decidiu continuar na Igreja e não vai disputar as eleições. No domingo (9/2), enquanto o PT comemorava 40 anos, o padre divulgou uma carta nas redes sociais informando sobre a decisão.

    Em reunião no sábado (8/2) com apoiadores e pré-candidatos a vereador, o deputado estadual Homero Marchese (Pros) disse, pela primeira vez, que pretende disputar as eleições. Para o Maringá Post, Marchese também confirmou a pré-candidatura a prefeito de Maringá.

    Eleito vereador em 2016, ele foi o candidato mais votado da história da cidade com 6.573 votos. Em 2018, Marchese decidiu deixar o mandato e se elegeu deputado estadual.

    Caso a candidatura se confirme e seja eleito, será a segunda vez que ele não cumpre o mandato completo. No entanto, para o deputado, a decisão de terminar o mandato deve ser do eleitor.

    “É o eleitor que tem que avaliar diante dos demais candidatos. Eu não imagino Maringá reelegendo Ulisses [Maia] e acho que é preciso oferecer opções”, afirmou.

    O deputado federal Ricardo Barros (PP) também se reuniu no sábado com os pré-candidatos a vereador de Maringá. Ele afirmou que o partido terá candidato próprio à prefeitura e o nome será decidido nas convenções.

    Um dos nomes mais cotados é da coronel Audilene, primeira mulher a assumir o Comando-Geral da Polícia Militar do Paraná durante o governo de Cida Borghetti (PP).

    Na corporação há mais de 30 anos, Audilene também foi Chefe do Estado Maior da PM e chefe do 3º Comando Regional de Maringá, que abrange as regiões de Maringá, Paranavaí, Campo Mourão, Umuarama e Arapongas.

    Dentro do PT, o padre Leomar Antônio Montagna, conhecido como padre Léo, era o nome mais provável para disputar a Prefeitura de Maringá. No entanto, neste domingo (9/2) ele publicou uma carta nas redes sociais e anunciou a decisão de continuar na Igreja Católica, o que impede que ele dispute cargo político.

    “Gostaria muito de prestar esse serviço e continuar no pleno ministério, mas sei que a Igreja, por orientação pastoral, solicita que o padre se afaste de suas funções pastorais e, inclusive, para que alguém não o acuse de estar usando o ministério em benefício próprio. Então, sendo assim, continuarei exercendo o ministério e contribuindo, como padre, com o ensinamento da Igreja que será sempre de defender a justiça e eliminar as causas que levam as pessoas à marginalização da sociedade”, escreveu padre Léo.

    No texto, enviado ao administrador apostólico dom João Mamede Filho e aos padres do Conselho de Consultores da Arquidiocese de Maringá, ele questiona a orientação da Igreja para que os padres se afastem das atividades religiosas para disputar cargo eletivo.

    “Espero que, num futuro não tão distante, a Igreja possa repensar quanto a este serviço por alguém da ordem hierárquica, pois, assim como temos padres em funções na vida artística, na mídia, na universidade e em outros setores, porque não como servidores no mundo da política?”, questionou.

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