A Vigilância Sanitária Estadual flagrou o reuso de instrumento cirúrgico em fiscalização de rotina no Hospital Municipal de Maringá nesta segunda-feira (21/10). Após o flagrante, representantes do Ministério Público e o delegado do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) estiveram no hospital.
Até o momento, o a Vigilância Sanitária Estadual e o Ministério Público do Paraná não divulgaram nenhuma informação a respeito do episódio. A Prefeitura de Maringá, por meio da assessoria de imprensa, divulgou uma nota na noite desta segunda.
A Secretaria de Saúde informou que o episódio envolve um médico terceirizado, que não teve o nome divulgado, e que vai ter o contrato reincidido pelo município. O reuso dos materiais cirúrgicos no Hospital Municipal de Maringá também vai ser investigado pelo município.
No final do mês de setembro, três pessoas foram presas em Maringá dentro da Operação Autoclave, desencadeada pela Polícia Civil.
Os três são suspeitos de participar de um esquema criminoso que reaproveitava materiais de uso único utilizados em cirurgias. Não é possível afirmar se a fiscalização no Hospital Municipal de Maringá tem relação com a Operação Autoclave.
Veja abaixo a íntegra da nota divulgada pela Prefeitura de Maringá.
“A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, condena a reutilização de materiais cirúrgicos, entendendo que esse procedimento é um crime contra a saúde pública.
Portanto, vai apurar as circunstâncias da reutilização de instrumento cirúrgico em cirurgia no Hospital Municipal, conforme constatado pela Vigilância Sanitária estadual em fiscalização de rotina.
O caso envolve um prestador de serviço, portanto, um médico terceirizado e sua instrumentadora cirúrgica. O contrato de prestação de serviço será rescindido.
Esclarece ainda que é rotina o médico utilizar-se de instrumentais próprios em cirurgias, sendo que determinados materiais são de uso único, o que significa que devem ser descartados após o procedimento, não sendo permitida a reutilização em nenhuma circunstância.
Esses materiais variam de acordo com a cirurgia. O Hospital Municipal exercita rígidos controles de todos os protocolos de atendimento médico, mas reconhece que é necessário refiná-los ainda mais para evitar condutas inaceitáveis como essa.
Os procedimentos de apuração internos, já foram instaurados, para apontar todos os responsáveis.
A Secretaria de Saúde já disponibilizou todas as informações solicitadas pelos órgãos investigatórios e reitera que igualmente tem absoluto interesse em esclarecer todos os fatos.”
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