Roneys Fon Firmino Gomes, 45 anos, não conseguiu convencer o corpo de jurados, formado por quatro mulheres e três homens, de que era inocente. Após cerca de 12 horas no banco dos réus, no Fórum de Maringá, o Maníaco da Torre é condenado a 21 anos e quatro meses de reclusão pela morte de Edinalva José da Paz.
A sentença foi anunciada pelo juiz Cláudio Camargo dos Santos no começo da noite. A condenação é por homicídio duplamente qualificado e por ocultação de cadáver. A maioria dos jurados aceitou a tese defendida pelo promotor Júlio César da Silva, que uniu as argumentações sobre o assassinato de Edinalva a outras vítimas de homicídio.
A Polícia Civil acredita que o Maníaco da Torre matou cerca de 13 mulheres em um intervalo de aproximadamente dez anos. Durante o julgamento, os advogados de defesa procuraram demonstrar a inocência do réu em relação ao assassinato de Edinalva, em dezembro de 2010.
A prova mais concreta da acusação era o telefone celular de Edinalva, que acabou achado em uma boca de fumo que era frequentada por Gomes. A mulher que foi achada com o aparelho afirmou que poderia ter sido o Maníaco da Torre que deixou o telefone com ela.
Mas o que mais pesou contra o réu para a condenação pela morte de Edinalva foi a tese do serial killer. A jovem que tinha apenas 19 anos foi encontrada morta no mesmo local onde também foram deixados os corpos de outras vítimas.
O corpo estava nu e deixado em uma plantação com a barriga para cima, além disso a morte foi provocada por asfixia, dentro de um mesmo padrão existente em outros crimes do Maníaco.
Ao ser ouvido no final da manhã durante o júri popular, Roneys Fon Firmino Gomes negou que era o autor do crime, que não conhecia a vítima e passou a não admitir mais que foi o autor da morte de outras mulheres.
Ao ser preso em 2015, quando matou a última vítima, Mara Josiane dos Santos. O Maníaco da Torre confessou ter agido pela primeira vez em março de 2012. A vítima nunca foi identificada e o corpo achado sob a torre de transmissão de energia na Estrada Roseira.
O segundo crime que assumiu foi de Silmara Aparecida de Melo, 33 anos, morta em maio de 2012. Em agosto de 2013, a terceira vítima, também sem identificação. Em julho de 2014, mais um corpo de mulher achado, e mais uma vítima sem identificação.
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