Um telefone celular é a única prova material que liga Roneys Fon Firmino Gomes, o Maníaco da Torre, à morte da garota de programa Edinalva José da Paz. O caso vai ser julgado nesta quinta-feira (14/3) no Fórum de Maringá, a partir das 8 horas.
Gomes foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, por ter asfixiado a vítima e usado de dissimulação – a levou até uma propriedade rural sob o pretexto de fazer um programa amoroso.
No júri popular, há mais chances de condenação pelo conjunto de vítimas do serial killer, do que de provas concretas do homicídio e ocultação de cadáver de Edinalva, encontrada morta no dia 7 de dezembro de 2010, cerca de 48 horas após o assassinato.
Ao ser preso em 2015, quando matou a última vítima, Mara Josiane dos Santos. O Maníaco da Torre confessou ter agido pela primeira vez em março de 2012. A vítima nunca foi identificada e o corpo achado sob a torre de transmissão de energia na Estrada Roseira.
O segundo crime que assumiu foi de Silmara Aparecida de Melo, 33 anos, morta em maio de 2012. Em agosto de 2013, a terceira vítima, também sem identificação. Em julho de 2014, mais um corpo de mulher achado, e mais uma vítima sem identificação.
O Maníaco da Torre também admitiu em depoimento à Polícia Civil ter matado Ariele Natalia da Silva, 24 anos, em março de 2015.
Sobre o caso de 2010, do homicídio de Edinalva José da Paz, Roneys Fon Firmino Gomes admitiu que as características do crime eram semelhantes às de outras vítimas, mas ele não assumiu a autoria.
Em juízo, o Maníaco da Torre tem negado o crime contra Edinalva. Durante a investigação, a primeira ação da Polícia Civil após a identificação da vítima foi pedir a quebra de sigilo telefônico do celular de Edinalva. Com as informações, o aparelho foi localizado pelos policiais numa boca de fumo.
Um homem que tinha feito programa dias antes com Edinalva chegou a ser investigado, mas os indícios não se confirmaram. A investigação ficou parada até 2015, quando o Maníaco da Torre foi preso e a investigação voltou a procurar os traficantes que estavam com o celular de Edinalva.
Foi então que um dos informantes afirmou que Roneys Fon Firmino Gomes frequentava a casa e que poderia ter sido ele quem deixou o celular no local. Não há provas genéticas, não há vídeos que ligam o Maníaco da Torre ao assassinato. Há um celular e ao menos mais seis mulheres mortas em situações semelhantes.
Mesmo que venha a ser inocentado, o Maníaco da Torre não sairá do Fórum de Maringá em liberdade. Ele cumpre prisão preventiva há três anos e oito meses na Casa de Custódia de Maringá (CCM) por causa do homicídio que cometeu em 2015 e, que em breve, também vai ser analisado em júri popular.
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