Roneys Fon Firmino Gomes vai sentar pela primeira vez no banco dos réus do Fórum de Maringá. O júri do Maníaco da Torre, como ficou conhecido o serial killer, vai ser realizado na quinta-feira (14/3). O réu está preso preventivamente há três anos e oito meses.
O julgamento é referente ao homicídio de Edinalva José da Paz, que foi encontrada morta no dia 7 de dezembro de 2010, cerca de 48 horas após o assassinato. A mulher estava nua, deitada com a barriga para cima e foi morta por asfixia, assim como outras vítimas.
Em depoimento na Delegacia de Maringá, quando foi preso em julho de 2015 pela morte de Mara Josiane dos Santos, 36 anos, ele confessou ter matado outras mulheres. Mas o Maníaco da Torre nunca admitiu ter assassinado Edinalva.
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Quando ouvido em juízo nos processos que responde, ele passou a negar todos os crimes. No caso do júri do Maníaco da Torre sobre a morte de Edinalva, ele negou ter matado e ocultado o celular da vítima, disse desconhecer as testemunhas e recusou-se a responder várias perguntas do Ministério Público.
No interrogatório registrado na Delegacia de Maringá, em 2015, o Maníaco da Torre afirmou “não se recordar com precisão se foi o autor do crime praticado contra Edinalva José da Paz, esclarecendo, ao ser-lhe mostrada fotografia do cadáver da vítima, que em razão do modo e local em que está posicionado o corpo, realmente tem semelhança com algumas outras de suas vítimas, das quais se lembra com certeza, já que não se rememora de todas”, disse.
As investigações da Polícia Civil sobre a morte de Edinalva passaram por vários suspeitos, até que Roneys Fon Firmino Gomes foi preso em 2015 e novos depoimentos trouxeram mais indícios de participação dele no homicídio.
Uma das principais pistas foi o celular de Edinalva, encontrado posteriormente com uma mulher que tinha relações de amizade com o Maníaco da Torre.
“Tal objeto esteve em posse de pessoa diretamente relacionada com o acusado, em situação que leva à conclusão de que este, mais do que qualquer outro alguém, teria repassado o aparelho celular a seus colegas após o homicídio”, diz trecho da denúncia do Ministério Público.
No primeiro júri do Maníaco da Torre, Roneys Fon Firmino Gomes vai responder por homicídio duplamente qualificado, mediante asfixia e mediante dissimulação. O segundo ponto está relacionado ao fato de que enganou à vítima ao levá-la à área rural sob o pretexto de que fariam um programa sexual.
Roneys também vai responder pela ocultação do cadáver. O serial killer responde a outros três processos criminais por homicídio. A primeira denúncia se refere ao assassinato de Mara Josiane dos Santos, última vítima de Roneys.
Este crime foi descoberto graças ao registro de multas de trânsito e de um pedaço do pára-choque do carro do acusado localizado próximo ao corpo de Mara.
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