Na cerimônia das obras de restauração do Contorno Sul de Maringá, Ratinho Junior diz que viaduto do Catuaí não está descartado

“Aquilo que é importante, como saúde, nós vamos atender”, afirmou o governador.

  • Na cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de restauração do Contorno Sul de Maringá, o governador Ratinho Junior (PSD) afirmou que a construção dos viadutos de Iguatemi e do trevo do Shopping Catuaí, no entroncamento da BR-376 com a PR-317, não estão descartados. Foi a primeira visita de Ratinho Junior a Maringá.

    Nos primeiros dias de mandato, o governador bloqueou 20% de todo o orçamento do Paraná. Em Maringá, além dos R$ 10,8 milhões para obras em rodovias, foram congelados recursos para obras e custeio da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e para o Hospital Universitário (HU) no valor de R$ 153 milhões.

    Ratinho Junior disse que o contingenciamento dos recursos não significa que os projetos não serão executados. “Estamos analisando aquilo que é prioridade, claro que uma obra de viaduto é prioridade, mas aquilo que tiver prioridade nós vamos dar encaminhamento”, afirmou.

    Segundo ele, este é o momento do governo “organizar a casa para que depois possa sobrar dinheiro para os investimentos”. A expectativa do governador é que até o carnaval alguns recursos bloqueados sejam liberados para dar sequência a obras pelo estado.

    Ratinho Junior não deu prazo para que projetos específicos de Maringá sejam retomados. Além de verbas previstas para a UEM e o HU, foram bloqueados recursos para o viaduto da BR-376 no trevo do Shopping do Catuaí (R$ 5,2 milhões), duplicação da PR-317 entre Maringá e Iguaraçu (R$ 2 milhões), viaduto de Iguatemi (R$ 3,72 milhões) e viaduto na PR-323 com a PR-317 (R$ 1,9 milhão), esta última obra prevista no contrato de concessão da Viapar.

    Também há bloqueios nos recursos que seriam destinados para obras de ampliação do Colégio JK (R$ 74,6 mil), construção do Centro de Educação Profissional (R$ 578 mil), construção da nova delegacia de Polícia Civil (R$ 1,3 milhão) e para a desapropriação do prédio do Hotel Bandeirantes (R$ 23 milhões), que teve o decreto anulado.

    “Esses 20% de contingenciamento é o tempo de fazer uma revisão de todos os contratos para ver o que é prioridade. Muitos dos contratos que estamos avaliando é possível que sejam revistos, ampliados e até mesmo cancelados. Aquilo que é importante, como saúde, nós vamos atender”, disse Ratinho Junior.

    Obras no Contorno Sul não resolvem todos problemas

    Além de outros compromissos políticos na cidade, Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (6/2) a ordem de serviço para as obras de recuperação do Contorno Sul. A obra vai custar R$ 12,6 milhões, mas não deve resolver de forma definitiva todos os problemas do trecho.

    Neste momento, será feita apenas uma recuperação emergencial do pavimento asfáltico com recomposição e com remendos profundos. Também será feito o recapeamento do pavimento existente, com a aplicação do Concreto Betuminoso Usinado à Quente (C.B.U.Q.) em área de 164,7 mil m², onde há previsão de aplicação de uma camada com espessura de 5 centímetros.

    A recuperação do Contorno Sul inclui toda a avenida que faz a ligação da PR-317, na saída para Campo Mourão, com a BR-376, no limite com Sarandi. As obras serão feitas com recursos provenientes de convênio com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e devem ser concluídas em 270 dias.

    Para acompanhar a solenidade nesta tarde, profissionais da imprensa, políticos e os convidados puderam sentir as dificuldades e os problemas no trecho. Segundo o prefeito Ulisses Maia (PDT), esses problemas só serão resolvidos com a construção de um novo contorno, promessa que ele fez aos moradores da região em novembro do ano passado.

    “Essa rodovia aqui, por exemplo, foi feita sem sistema de drenagem de água, não tem galerias e por isso é muito difícil manter a qualidade do pavimento. Para resolver de forma definitiva, precisamos desenvolver um projeto com drenagem, galerias, fazermos pistas duplicadas e acostamento. Temos vários bairros que passam por aqui, então também são necessárias trincheiras e passarelas”.

    De acordo com Maia, todos esses aspectos são contemplados pelo projeto executivo que está em desenvolvimento pela Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob). A previsão é que o projeto fique pronto em prazo de um ano. O custo das obras é estimado em R$ 200 milhões, mas a prefeitura ainda não tem esse dinheiro.

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