O pequeno expediente da sessão da Câmara de Maringá nesta terça-feira (6/11) foi marcado tanto pela grande quantidade de oradores quanto pelo tom crítico de discursos – uns mais contundentes, outros menos. Dos 15 vereadores, 11 usaram a palavra e seis fizeram cobranças à administração.
Os mais agudos foram Homero Marchese (Pros), Chico Caiana (PTB), Willian Gentil (PTB) e Odair Fogueteiro (PHS). Também fizeram críticas Mário Verri (PT) e Alex Chaves (PHS). O problema no anteprojeto de duplicação de seis viadutos do Contorno Norte foi o mais citado.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) recusou o anteprojeto apresentado pela secretaria de Obras Públicas (Semop), que seria licitado este ano. O secretário da Semop, Marcos Zucoloto, foi convidado a dar explicações na sessão de quinta-feira (8/11) e, consultado pela reportagem, aceitou.
“As licitações estão com muitas dificuldades para acontecer em Maringá”, disse Chaves. Caiana lembrou que a atual administração recebeu o projeto pronto e recursos para executar as obras: “Falou que os cálculos estavam errados e que os viadutos iam cair. Refez tudo e agora o Dnit recusou”.
Verri, depois de reforçar o convite para o secretário comparecer à sessão de quinta, disse que “essas coisas não podem ocorrer” e contou que “no ano passado o deputado federal Enio Verri (PT) trouxe R$ 800 mil para aquecer piscinas públicas da cidade, mas até agora nada foi feito”.
Marchese disse que “está havendo perseguição política na prefeitura e concessão de privilégios a algumas categorias”. Lembrou da esposa do vereador Gentil, professora transferida de escola após o marido tecer criticas à administração. Liminar judicial suspendeu a transferência.
Gentil criticou “o abandono do Parque Cerealista, da quadra de esportes do Conjunto Requião e do barracão da cooperativa de reciclados do Jardim Guaiapó”. Foi irônico em relação ao mato alto em escolas e vias públicas: “Maringá passou a ser a cidade mais verde do Brasil: é pura quiçaça”.
Os vereadores Sidnei Telles (PSD) e Onivaldo Barris (PHS) se pautaram por temas nacionais, como a promessa do presidente eleito Jair Bolsonaro de aumentar a fatia dos municípios nos impostos federais. Flávio Mantovani convidou a população para a audiência pública desta quarta-feira (7/11).
Na audiência será submetido ao debate o projeto de lei de Mantovani que proíbe soltar fogos de artifício – será às 20 horas na Câmara. Do Carmo (PSL) pediu para Fogueteiro se preparar e apresentar números na audiência pública, como a quantidade de empregos diretos gerados pelo setor.
Jean Marques (PV) comemorou a instalação do Colégio Militar em Maringá, que está iniciando o processo de seleção de alunos. Na tribuna livre, que recentemente passou a ser concorrida, não se manifestaram Mário Hossokawa (PP), Belino Bravin (PP), Carlos Mariucci (PT) e Altamir da Lotérica (PSD).
Ao ser procurado na tarde desta terça (6/11), o secretário Zucoloto disse que ainda não estava sabendo sobre o convite da Câmara, mas já adiantou que vai à sessão. “É até bom para explicar aos vereadores e à população o que está acontecendo na duplicação dos viadutos”, afirmou.
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