Recuperação do Contorno Sul de Maringá será feito pela Extracon e custará R$ 12,6 milhões. Prazo para execução das obras é de 240 dias

  • A maringaense Extracon Mineração e Obras ofereceu o menor preço para as obras de recuperação do Contorno Sul de Maringá e arrematou os dois lotes da licitação, por R$ 12,6 milhões. O preço máximo previsto para era R$ 13,4 milhões. Três empresas participaram da concorrência que teve os envelopes abertos nesta quarta-feira (24/10).

    As três concorrentes, duas de Maringá e uma de Chapecó (SC), foram habilitadas no processo. As obras serão executadas a partir de duas frentes de trabalho deverão ser concluídas em 270 dias a partir da emissão da ordem de serviço. Os recursos são provenientes de convênio com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

    A recuperação da via é emergencial e prevê a recomposição em 31.559,07 m², fresagem em 27.468,95 m² e recapeamento de pavimento existente com aplicação de Concreto Betuminoso Usinado à Quente em 164.720,00 m². O secretário de Serviços Públicos, Vagner de Oliveira, disse que a obra não é um simples “tapa-buraco”.

    A recuperação emergencial do Contorno Sul antecede uma reforma integral da via, já que as perspectivas de viabilização do Contorno Sul Metropolitano, da saída para Mandaguaçu até o contorno de Marialva, são cada vez menores. O que restava de recursos destinados ao projeto recentemente foram relocados pelo governo federal.

    As obra foi licitada e vencida pelo Consórcio Castilho-JMalucelli, mas em junho deste ano o processo foi anulado pelo Dnit após intervenção do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, que questionou os critérios de classificação das concorrentes. O projeto, de 2016, previa uma extensão de 32,3 quilômetros, foi orçado em R$ 337,4 milhões.

    A bancada federal do Paraná aprovou emenda de R$ 70 milhões para a obra, que estava no orçamento deste ano. Durante a greve dos caminhoneiros, em maio, para reduzir o preço do diesel o governo federal cortou R$ 45 milhões que seriam destinados ao Contorno Sul Metropolitano. O que restava no orçamento recentemente foi destinado para o Nordeste.

    Além disso, o prefeito Ulisses Maia já se manifestou ser contrário à obra e a secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) elaborou projeto que pretende transformar completamente o atual Contorno Sul, onde seriam abertas três novas pistas, construídos viadutos, pontes e  trincheiras, além de galerias pluviais. O custo estimado é de R$ 225 milhões.

    O projeto pode contemplar ainda ciclovia do lado norte, que reúne a maior área comercial e residencial. O estudo contempla ainda viadutos e trincheiras no entrocamento da Avenida Colombo com o Contorno Sul, um dos locais com maior problema de trafegabilidade. Nos principais pontos de ligação entre o lado norte e sul da pista haverá 11 obras de arte.

    Os viadutos e trincheiras no Contorno Sul de Maringá seriam, segundo o projeto da atual administração, nas avenidas Pioneiro Antônio Ruiz Saldanha e Pioneiro Maurício Mariani, estrada São José, nas avenidas Carlos Borges e Joaquim Duarte Moleirinho, nas ruas Ataulfo Alves, Guerino Baldo, Domingos Danhoni e Mário José de Ferraz.

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