Prefeitura de Maringá admite que ainda não oferece tratamentos de saúde alternativos. Prazo inicial foi prorrogado e Núcleo da Vila Operária está em reforma

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Foi promessa de campanha do prefeito Ulisses Maia (PDT), mas até agora os maringaenses atendidos pelo SUS não têm acesso aos tratamentos de saúde alternativos, também chamados de práticas integrativas complementares. Há um ano, o Maringá Post publicou reportagem para mostrar como esses tratamentos eram oferecidos na cidade.

Na ocasião, um médico homeopata fazia alguns atendimentos a pacientes da UBS Zona Sul. De acordo com Ana Rosa Oliveira Poletto, que é gerente de promoção e prevenção e saúde do município, esse continua sendo o único tratamento alternativo disponível, mesmo assim não é para todos.

“O médico que está lá é contratado pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) e atende como os outros médicos. Como ele tem formação em homeopatia pode fazer algum atendimento nesse sentido caso o paciente queira”, explica.

Sobre a disponibilização dessas práticas para toda a população, Ana Rosa afirma que vai ser construído o Núcleo de Práticas Integrativas. Segundo ela, o núcleo deve ter cinco práticas disponíveis: acupuntura, aurículoterapia, reiki, fitoterapia e homeopatia e atender onde já funcionou a Unidade Básica de Saúde Vila Operária e também a Farmácia Popular.

“Quando esse centro estiver funcionando, os pacientes vão ser encaminhados pelos postos de saúde para essas terapias quando for necessário”, explica Ana Rosa. No ano passado, a prefeitura tinha dado o primeiro trimestre de 2018 como prazo de entrega do Núcleo, agora dá novo prazo.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa afirma que a “reforma estrutural do Núcleo de Práticas Integradas está em fase final. A obra está em processo de adequação às normas da vigilância sanitária. A reforma está sendo executada integralmente pela secretaria de Serviços Públicos (Semusp) e a previsão é que o espaço seja inaugurado até o fim do ano.”

Práticas Integrativas no Brasil

São 3.173 municípios brasileiros, que segundo o Ministério da Saúde, já oferecem algum tipo de tratamento alternativo para a população. Nos municípios, compete aos gestores municipais elaborar normas para a inserção dessas práticas na rede municipal de saúde. Os recursos para esses atendimentos integram o Piso da Atenção Básica de cada município, podendo o gestor local aplicá-los de acordo com sua prioridade.

Desde 2006, o Ministério da Saúde tem uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Em março deste ano, dez novas modalidades foram incluídas na lista do Ministério e hoje são 29 práticas aceitas que podem ser disponibilizadas pelo SUS.

Algumas terapias são chamadas práticas integrativas porque tratam ao mesmo tempo corpo e mente, e complementares porque são utilizadas sem interromper os tratamentos convencionais.


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