A campanha eleitoral no rádio e na TV mal começou e a Justiça Eleitoral já foi acionada inúmeras vezes pelos candidatos ao governo do Paraná. A judicialização envolve principalmente os três primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, Ratinho Júnior (PSD), Cida Borghetti (PP) e João Arruda (MDB).
Neste final de semana, Cida Borghetti conseguiu tirar um comercial de João Arruda do ar, no qual era lembrado o dia 29 de abril, quando ocorreu um enfrentamento policial militar com manifestantes do movimento dos professores. A decisão, no domingo, foi do juiz eleitoral Tito Campos de Paulo, e o material insinuava responsabilidade à candidata.
Por outro lado, Cida foi proibida, por iniciativa de Ratinho Júnior, de exibir cenas das audiências públicas sobre os preços dos pedágios e os contratos das concessionárias de rodovias estaduais e federais, que foram realizadas nas principais cidades do Paraná antes do início da propaganda eleitoral gratuita.
Ratinho também representou contra João Arruda, que segundo alegou, estaria invadindo o horário gratuito reservado exclusivamente aos candidatos a deputado. Nessa ação, a juíza auxiliar do TRE-PR, Graciane Lemos, indeferiu o pedido, entendendo que a identidade visual dos programas não contraria a legislação e que não houve pedidos de voto.
A mesma juíza negou liminar a pedido de resposta de Ratinho Júnior a João Arruda, que afirmou em uma peça de propaganda gravada à frente do Palácio Iguaçu que Ratinho, Cida Borghetti e Beto Richa (PSDB) “quebraram o Estado juntos”. Para a magistrada, foi “uma critica política”. Cida e Beto também representaram contra a peça de Arruda.
Da mesma forma como os primeiros programas e comerciais dos três candidatos deram uma mostra das estratégias de cada um, o final de semana também adiantou que a batalha se estenderá de forma relevante e importante nos tribunais. A judicialização, do Executivo e do Legislativo, por sinal, tem sido uma prática do cotidiano nacional.
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