Secretária de educação de Maringá se posiciona a favor da instalação de câmeras nas escolas municipais e CMEIs. E defende compra temporária de vagas em creches particulares

  • A secretária de Educação, Valkíria Trindade, se posicionou a favor da instalação de câmeras nas escolas municipais e CMEIs, dentro e fora das salas de aula. Foi durante sabatina com os vereadores na manhã desta quinta-feira (24/5), na Câmara Municipal, quando ela também defendeu a compra temporária de vagas em creches particulares.

    “A Secretaria de Educação de Maringá (Seduc) se posiciona a favor da compra de vagas desde que seja uma aquisição temporária”, afirmou aos vereadores.

    Valkíria explicou que Maringá tem 3.425 crianças na fila por vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e os gastos atuais com a folha de pagamento impedem a contratação de mais funcionários para solucionar a situação.

    “Não temos problemas de espaço, estamos entregando novas obras. Temos problemas de contratação referente à folha de pagamento. Não tem como contratar”, disse. Ela também afirmou que muitos profissionais se aposentaram em 2017 e outros usufruem de licenças e também solicitaram aposentadoria.

    Outro ponto que impacta a folha é o pagamento da progressão aos profissionais, que segundo Valkíria, não era atualizada desde 2015, e vai ser paga em 2018. “Todo esse contexto financeiro traz impactos na folha de pagamento, o que impede as contratações.”

    Valkíria também afirmou que tem estudado estratégias de outras cidades para saber como resolver o problema. A secretária de Educação afirmou que a compra de vagas nas escolas particulares também não supre a necessidade total do município. Segundo ela, as redes privadas teriam de 700 a 1000 vagas. Número insuficiente para zerar a fila de espera.

    A secretária de Educação citou como possível alternativa, fazer contratos com mais instituições como a Creche Menino Jesus, onde a prefeitura destina recursos para fazer o atendimento a 128 crianças.

    Sobre a compra dos uniformes para as crianças que possam vir a estudar em instituições particulares, Valkíria defendeu que o município também pague pelos uniformes. Poderia se fazer um acordo com a escola para comprar a vaga e também o uniforme, para a criança não ter constrangimento e sim equidade.”

    Câmeras nas escolas sim, mas sem transmissão online

    Valkíria também se posicionou a favor da instalação de câmeras de segurança dentro e fora das salas de aula em todas as escolas municipais e CMEIs. Há um projeto em discussão na Câmara Municipal, assinado pelos quinze vereadores, que teve a votação adiada por conta da pressão do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar).

    “A Seduc é a favor, mas não que as  imagens fiquem disponíveis 24 horas on line, expostas para toda comunidade, porque também tem que preservar a unidade escolar”, afirmou. Ela defendeu que as imagens fiquem “resguardadas e arquivadas para em caso de alguma denúncia, possam ser usadas em favor do próprio servidor e da criança.”

    Sobre a implantação do projeto, que não dependeria de autorização do Poder Legislativo, Valkíria afirmou que vai aguardar o debate. “Não posso verticalizar a questão. A Câmara vai promover uma audiência pública e vai oportunizar a todos os servidores poderem se posicionar”.

    A audiência pública para debater a instalação das câmeras nas instituições municipais de ensino, dentro e fora das salas de aula, será realizada na segunda-feira (28/5), a partir das 19 horas, na Câmara de Maringá.

     

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