O crime que chocou Maringá em agosto de 2017 ganha um novo capítulo. Edinaldo Ferreira da Silva, 48 anos, que atirou seis vezes contra um açougue e matou um homem, será submetido a exames psiquiátricos.
Em decisão proferida na quinta-feira (19/4), o juiz da 1ª Vara Criminal, Claudio Camargo dos Santos, determinou a suspensão da ação penal que investiga os crimes de homicídio e tentativa de homicídio, e determinou a abertura de um processo para avaliar a insanidade mental do acusado.
O advogado de defesa de Edinaldo, Israel Batista de Moura, apresentou documentos que dão conta de que o acusado é “portador de distúrbio ou perturbação mental”. Moura também foi nomeado como curador de Edinaldo dentro do novo processo.
Tanto a defesa como o Ministério Público já formularam e apresentaram ao magistrado os quesitos para a análise da integridade mental. Santos, juiz responsável pelo caso, também determinou que seja oficiado ao Hospital Universitário de Maringá, para que sejam indicados os médicos que serão responsáveis pelos exames psiquiátricos.
O crime no açougue resultou na morte de Adelso Donizete Ferraz, 41, e com um ferimento no braço de Luiz Massaroto, 61. Edinaldo Ferreira da Silva, 48 anos, atirou de dentro da camionete, numa manhã de domingo, após se desentender com o dono do açougue, localizado na Avenida Brasil.
Reconstituição apresentou divergências
A reconstituição do crime foi realizada no dia 27 de outubro de 2017. Na ocasião, o delegado de Homicídios Diego de Almeida e o advogado de defesa de Edinaldo, Israel Batista de Moura divergiram sobre a conclusão.
Para a defesa, os disparos foram efetuados em uma direção única direção e com a dispersão algumas pessoas acabaram atingidas. A tese é que Edinaldo queria acertar apenas a assadeira de frangos.
Para o delegado a reconstituição deixou ainda mais clara a verdadeira intenção do atirador, de acertar as pessoas. “Os disparos começaram de baixo para cima, tomando uma sequência na direção das pessoas que estavam dentro do estabelecimento”, disse na ocasião.
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