Câmara rejeita projeto de lei do Executivo que fixava novos critérios para concessão de Passe Livre. Matéria foi retirada de pauta por 48 sessões e só líder do prefeito votou a favor

  • A novela sobre o projeto de lei do Executivo que aumenta a distância entre a casa do aluno e o local onde estuda para conceder o Passe Livre chegou ao último capítulo. A matéria foi rejeitada na sessão desta quinta-feira (5/4) por 11 votos a 1.

    O vereador Belino Bravin (PP), autor do projeto que reduziu a distância de 1.500 metros para 1.000 metros em março de 2017, disse que a mudança não causou problemas desde que foi aprovada e que, em razão disso, a prefeitura deveria considerar o arquivamento da matéria.

    “Peço aos colegas vereadores que votem ‘não’ para acabar esse assunto, que não vai trazer prejuízo nem para a prefeitura nem para os colegas”, solicitou Bravin.

    Ainda durante a discussão, o vereador Do Carmo (PR) disse que os proponentes da redução da distância haviam tido concordância da prefeitura. “Fica uma situação desconfortável tirarmos o benefícios dessa comunidade”, falou.

    O vereador Alex Chaves (PHS) também pediu a palavra durante a discussão na Câmara para defender o voto contrário ao projeto, conforme havia recomendado o vereador Bravin.

    “Eu acredito que votar contra o direito adquirido por essas crianças não vai deixar a TCCC nem mais rica nem a a tarifa mais cara. A empresa deveria ver isso como uma forma de devolver socialmente o que recebe muito bem para fazer em Maringá”, afirmou Chaves.

    Vereador justifica voto contrário

    O vereador Jean Marques (PV), líder do prefeito na Câmara, foi quem proferiu o único voto contrário. “Votarei favorável, ainda que sabendo estar vencido. A lei proposta contempla situações excepcionais e entendemos que 1.500 metros é uma distância razoável e menos do que isso não vai ter mudança significativa”, declarou durante a sessão.

    “Não existe almoço de graça, não existe passe do estudante de graça. A conta é 50% da prefeitura e 50% pela tarifa. A empresa não se mostra compadecida ou solidária, ela quer obter o máximo”, disse.

    Já o vereador Do Carmo defendeu a continuidade. “Sob o argumento de onerar, não cabe a nós. Se acontecer, devemos tomar outras medidas. Devemos manter o projeto do vereador Bravin.”

    Marques também falou que teve informações de os novos BRTs estariam rodando 1 quilômetro por litro de combustível e, por isso, deveria ser repensado ônibus mais baratos. “Isso pode impactar no preço”, completou.

    Os novos veículos BRT faziam parte das exigências do prefeito Ulisses Maia (PDT) para autorizar o reajuste da tarifa. Na avaliação dele, os ônibus seriam melhorias do sistema de transporte coletivo da cidade.

    Comentários estão fechados.