Representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) e da Prefeitura de Maringá retomam as negociações em busca de um acordo para o reajuste salarial dos funcionários, a ser pago no final do mês de março.
Na última assembleia da categoria, realizada no sábado (10/3), os servidores rejeitaram a proposta da prefeitura. A administração municipal ofereceu 1,81% de reposição nos salários, conforme o acumulado de 12 meses do Índice Nacional Preços do Consumidor (INPC).
Além disso, o prefeito propôs elevar o vale alimentação de R$ 250 para R$ 312,50, com a manutenção da contrapartida de 20%. Na prática, os servidores passariam a receber R$ 250 líquidos, inclusive durante as férias.
O valor é o mesmo da proposta anterior, também recusada, de fixar o valor em R$ 252,50, com contrapartida de 1%. A diferença é que antes não era previsto o pagamento durante as férias.
A presidente do Sismmar, Iraídes Baptistoni, disse que protocolou ofício na manhã desta segunda-feira (12/3) e aguarda a prefeitura marcar uma reunião. Iraídes afirmou que a categoria quer manter a proposta do vale-refeição de R$ 252,50. Mas com a inclusão do benefício aos servidores no gozo das férias, o que foi aceito na assembleia.
Impasse no índice de reajuste salarial
Na proposta da administração municipal rejeitada no sábado (10/3), o executivo manteve a a oferta de reposição do salário dos servidores com base no acumulado de 12 meses do Índice Nacional Preços do Consumidor (INPC), calculado em 1,81%.
Diante do que tem sido negociação, Iraídes afirmou que os servidores aceitam a reposição da inflação, mas querem receber o reajuste pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“Vamos tentar fazer com que o prefeito pague o IPCA, de 2,84%. A administração fez várias alegações, que a folha já está estourada. Acho que o ganho real não precisa, mas queremos que o prefeito pague a inflação maior, que analisa o custo de vida.”
Para o chefe de Gabinete do prefeito, Domingos Trevizan, a proposta do executivo é “excepcional” e não deve sofrer nenhuma alteração.
“Eu não entendo como os servidores não aceitaram a proposta de 25% de aumento no vale-alimentação. O que imagino, é que o servidor não tenha sido esclarecido.”
Segundo Trevizan, a prefeitura manterá a proposta de reajustar os salários dos servidores, com base no Índice Nacional de Preços do Consumidor. “Aumento real não tem como dar. Os motivos foram esclarecidos sobre o limite da folha. O estatuto dos servidores prevê INPC e o sindicato quer IPCA. A regra parece mudar de acordo com o interesse”, afirmou.
Ele informou que vai analisar as reivindicações da categoria até quarta-feira (14/3), quando está marcada a próxima assembleia do Sismmar. “Nós vamos chegar em um acordo e não acredito em greve. Qualquer greve seria ilegal. A partir do momento que a gente dá a correção, não há motivo para greve.”
Outras reivindicações ficam em segundo plano
Os servidores também cobram o retroativo referente ao parcelamento da inflação, no reajuste salarial de 2016. Segundo a presidente do Sismmar, Iraídes Baptistoni, a Secretaria de Fazenda vai apresentar aos servidores a análise jurídica e orçamentária na próxima prestação de contas do quadrimestre, daqui há quatro meses.
“Vamos aguardar. Além de prestar contas para a comunidade, vai prestar contas também para os servidores. É uma forma de acompanharmos o andamento do orçamento.”
As demandas como, a criação do Estatuto da Gurda Municipal, o Regime Contratual Único, a jornada de 30h para servidores da saúde, revisões nos planos de cargos e carreiras geral e do magistério e o pagamento do piso nacional para os agentes comunitários de saúde (ACS) e de endemias (ACE) estão sendo analisadas pelas comissões formadas dentro do sindicato.
Segundo a presidente, a concessão do vale-refeição para as licenças como maternidade e prêmio, estarão na pauta do sindicato somente no próximo ano.
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