O polêmico policial militar Nilson Roberto Pessuti Filho, de Maringá, que tem milhares de seguidores na sua página no Facebook, decidiu acatar a decisão da juíza substituta de Ponta Grossa, Michelle Delezuk. A magistrada acatou pedido de um policial rodoviário e determinou ao soldado Pessuti a retirada de um vídeo em que comentava operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), feita no dia 8 de fevereiro, na qual 12 policiais militares rodoviários foram presos.
O soldado Pessuti afirmou ao Maringá Post nesta sexta-feira (16/2) que optou por retirar o vídeo antes mesmo da notificação do oficial de Justiça.
A juíza também indeferiu o pedido de impedir que Pessuti voltasse a falar sobre o assunto, afirmando que “cumpre ressaltar que se mostra incabível determinar ao réu que se abstenha de comentar sobre o tema em questão, vez que esta medida configuraria evidente censura prévia”, escreveu.
Na última sessão da Câmara Municipal, na quinta-feira (15/2), o vereador Do Carmo (PR), ex-policial rodoviário estadual, disse durante a sessão legislativa que o seu grupo, de 180 policiais, vai entrar com uma ação de indenização em massa contra o soldado Pessuti.
A afirmação foi feita durante um debate sobre reputação, motivada por uma postagem do vereador Homero Marchese (PV), que segundo Do Carmo “feriu a reputação de todos os garis de Maringá, assim como a do soldado manchou a de todos os policiais rodoviários estaduais do Paraná”.
Soldado Pessuti afirmou que não irá se calar
Na entrevista concedida ao Maringá Post, no começo da semana, Pessuti, que ainda não havia sido intimado da decisão judicial, afirmou que “tentativas para me amedrontar, intimidar e calar não vão funcionar”.
Ele avisou que “ia florear suas palavras para não ofender inocentes” e afirmou que, “supostamente, tem muito policial rodoviário corrupto no Paraná, que se exibe desfilando com carro importado”.
Algumas declarações feitas pelo PM de Maringá em entrevista ao Maringá Post publicada no dia 24 de novembro do ano passado, constam dos autos do processo em tramitação em Ponta Grossa.
Uma delas é a que se refere ao fechamento de uma página dele no Facebook. “Juntaram um monte de vagabundos e denunciaram minhas postagens. Se for o caso, vou abrir mil páginas”. A página contava com 452 mil seguidores.
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