A duplicação da PR-323, entre Paiçandu e Franscico Alves, e a duplicação da PR-317, entre Maringá e Iguaraçu, dificilmente começam a sair do papel em 2018. Para o curto prazo, a previsão é apenas para a recuperação emergencial das duas rodovias.
Após o fracasso na concessão, em processo de Parceria Público-Privada (PPP) vencido pela Rota das Fronteiras, em 2014, a duplicação da PR-323 volta aos planos do Governo do Estado. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística, a licitação para a duplicação de 40 km da rodovia depende de complementações de projeto para ser lançada.
Não há prazos anunciados. A intenção do governo é aproveitar os projetos de duplicação da PR-323 feitos pela Rota das Fronteiras.
O consórcio de empresas, encabeçado pela Odebrecht, foi obrigado a desistir da obra de duplicação e da implantação de pedágios na via, depois dos escândalos de corrupção na Petrobrás. O envolvimento da Odebrecht inviabilizou os financiamentos necessários para a obra.
“As obras de duplicação e restauração de aproximadamente 40 km da rodovia (PR-323), a partir de Paiçandu, dependem de uma complementação de projeto para que seja lançada a licitação”, informou a Secretaria de Infraestrutura e Logística.
A estimativa do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER) é o que investimento no trecho seja de R$ 400 milhões.
Por hora, na PR-323, o DER pretende começar até o fim de janeiro a recuperação emergencial de 61,8 km entre o final da pista dupla, em Paiçandu, e o entrocamento com a PR-082, em Cianorte.
“A empresa ganhadora do pregão ocorrido em dezembro de 2017 propôs R$ 27,2 milhões, cerca de 32% abaixo do teto estipulado pelo DER, R$ 40,1 milhões. O órgão ainda analisa recursos de participantes do processo”, informou em nota a secretaria.
No começo de dezembro de 2017, lideranças de várias cidades participaram de uma reunião para cobrar a duplicação da PR-323. Na ocasião, foi divulgado o custo dos acidentes registrados na rodovia.
Também falta projeto para a PR-317
O DER também pretende iniciar até o final de janeiro a recuperação emergencial do pavimento asfáltico dos 20,7 km da PR-317, entre Maringá e Iguaraçu, no entroncamento com a PR-218.
Mas a Secretaria de Infraestrutura e Logística informou que a licitação para as obras ainda não foi homologada. “A proposta da empresa vencedora do pregão realizado em dezembro de 2017 é de R$ 7,7 milhões, 33% abaixo do preço máximo fixado no edital, de R$ 11,5 milhões. O DER está analisando recursos de empresas derrotadas.”
Com relação à obra de duplicação e restauração completa do trecho da PR-317. A estimativa do DER é que sejam necessários R$ 200 milhões em investimentos. A obra ainda depende da contratação de um projeto e, num segundo momento, a busca por financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
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