Em meio ao processo de inscrições para a eleição dos diretores das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Maringá, que termina nesta sexta-feira (24/11), os vereadores decidiram manter o veto do prefeito Ulisses Maia (PDT) ao artigo que permitiria aos professores, educadores infantis ou especialistas concorrer nas eleições de qualquer unidade escolar.
A decisão foi tomada com nove votos favoráveis à manutenção do veto e seis contrários.
O líder do prefeito na Casa, Jean Marques (PV), discursou para solicitar aos colegas que aceitassem a decisão do Executivo.
“Debatemos bastante a questão, pensei naquele momento e continuei acreditando, até na semana passada, que qualquer um pudesse se candidatar”, afirmou.
No entanto, segundo Marques, profissionais de Educação o procuraram nos últimos dias para discutir o assunto. “Pessoas com ideologia de esquerda e direita convergiram. E todas se posicionaram pela necessidade de que, quem fosse (o candidato), tivesse o conhecimento da unidade de ensino”, apontou.
Marques citou, ainda, que a medida impede a influência política no processo eleitoral das escolas e creches da cidade. “Estamos falando de gestão escolar. Não podemos transformar estas eleições em verdadeiras pré-campanhas políticas”, disse.
Marchese defendeu derrubada do veto
Contrário, o vereador Homero Marchese (PV) defendeu que a decisão tomada pela Câmara fosse mantida. “Entendo que isto pode atrapalhar e impedir que pessoas que já trabalharam na instituição como diretoras, possam se candidatar a este cargo. É por isso que vou votar para derrubar o veto”, afirmou.
Marchese foi além. Considerou o veto uma medida “antidemocrática”, que irá “limitar a disputa de maneira injustificada.”
O vereador chegou a ser vaiado por profissionais da Educação, ligados ao Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar), que defendiam a derrubada do veto. Estas mesmas pessoas aplaudiram o discurso de Jean Marques.
O vereador Homero Marchese concluiu o discurso dizendo que o veto impõe uma “democracia pela metade”. “Se queremos democratizar, temos de derrubar o veto. Se alguém quer ser candidato em outra instituição, o ônus é todo dela. Esta pessoa vai ter mais dificuldade para ir atrás de voto”, observou.
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