Os vereadores William Gentil (PTB), presidente da Comissão Processante (CP) que apura a denúncia de quebra de decoro do vereador Homero Marchese (PV), juntamente com o relator Carlos Mariucci (PT) e o membro da comissão Chico Caiana (PTB), decidem nesta segunda-feira (23/10) se o processo será arquivado ou se as investigações prosseguem.
A reunião é às 15h30 no plenário da Câmara Municipal. A missão dos três vereadores que integram a comissão é relatar o resultado da analise que fizeram sobre as acusações do PV e a defesa apresentada por Homero.
O vereador apresentou um documento de 59 páginas, com 30 anexos, protocolado pelo investigado na terça-feira (18/10).
A defesa acrescenta que, se a comissão decidir pelo prosseguimento das investigações, Homero advogará em causa própria e terá o auxílio do advogado Valter Akira Ywazaki. O documento inclui, ainda, provas que se pretende produzir e testemunhas que possam ser arroladas.
Se Mariucci, Gentil e Caiana decidirem que a defesa de Homero é suficiente para encerrar o caso e votarem pelo arquivamento da investigação, a decisão será levada à votação por todos os vereadores. E, para que a CP será encerrada, é exigida a maioria simples do total de vereadores eleitos, o equivalente a oito votos.
Se optarem pelo prosseguimento do processo, o presidente da CP designará, desde logo, o início da instrução e determinará os atos, diligências e audiências necessárias para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas.
Neste caso, a expectativa é que na tarde desta segunda-feira, já sejam definidas as datas das novas reuniões para ouvir as testemunhas e o vereador. Até o momento, o acesso aos documentos está restrito aos vereadores envolvidos na CP e à equipe técnica da Casa.
São três acusações contra Homero Marchese
A CP foi instalada no último dia 5 com aprovação de 11 vereadores para investigar uma denúncia de quebra de decoro parlamentar de Marchese.
A denúncia se pauta em três situações: acesso a informações sigilosas utilizando senha de terceiros, uso do cargo para ameaças contra um servidor público e nomeação de um assessor com condenação judicial por órgão colegiado.
A denúncia foi apresentada pela direção municipal do PV, partido no qual o vereador é filiado.
Em entrevista ao Maringá Post, Marchese disse estar bem tranquilo no que diz respeito ao processo: “Se a análise for técnica, tenho certeza que não serei cassado. Sempre tive bom relacionamento com os vereadores, diferente do que divulgam alguns órgãos de comunicação. Então segue normal (o tratamento entre ele e os vereadores)”.
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