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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que as dificuldades enfrentadas pelo prefeito Silvio Barros em sua gestão em Maringá estão ligadas ao que chama de “apagão das canetas”, uma paralisia generalizada da máquina pública. A declaração foi feita em entrevista ao podcast Ponto a Ponto, do Maringá Post, apresentado por Ronaldo Nezo e gravado no estúdio V Mark Produtora e Estúdio.
Segundo o parlamentar, servidores públicos têm evitado tomar decisões por receio de responsabilização. “O servidor público, legitimamente, não arrisca o seu cargo público tomando decisões, porque ele só pode ser onerado de uma decisão que ele tomou. Se ele não decide nada, está garantida a aposentadoria”, explicou.
Para Barros, esse comportamento gera lentidão na gestão municipal e prejudica a execução de políticas públicas em várias áreas. Ele citou como exemplo os problemas em abrigos para jovens, onde nenhum servidor quis assumir a responsabilidade de gestão por medo de processos. “Então o que acontece? Ninguém vai lá e põe a mão no menino, deixa ele quebrar tudo. Quem vai pagar? O erário, nós aqui, os contribuintes”, disse.
O deputado também defendeu que órgãos de controle, como o Ministério Público, estabeleçam protocolos claros de ação, para que servidores tenham respaldo jurídico ao tomar decisões. “Se não houver regra, qualquer atitude pode gerar processo. Então, muitos preferem não decidir”, afirmou.
Barros argumentou ainda que essa paralisia não se limita a Maringá, mas afeta administrações em todo o país, travando projetos e obras públicas. Para ele, é necessário rever recomendações e mecanismos de fiscalização que desincentivam a ação administrativa.
O corte com essa análise está disponível no canal do Maringá Post no YouTube. O episódio completo também pode ser assistido na plataforma.
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