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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou, por meio da Portaria nº 782, de 26 de março de 2025, a suspensão da criação de aves ao ar livre sem telas de proteção na parte superior. A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (27), tem como objetivo reduzir o risco de transmissão da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), que pode afetar a avicultura nacional.
A nova regra também afeta eventos com aglomeração de aves, como exposições e feiras, que só poderão ser realizados com a autorização do Serviço Veterinário Estadual. Para obter essa autorização, os organizadores devem apresentar um plano de biosseguridade, contendo medidas para prevenir a entrada do vírus.
A decisão de suspender a criação de aves ao ar livre sem telas de proteção reflete o aumento do risco de disseminação da gripe aviária, que já foi registrada em outras regiões das Américas. A medida terá duração inicial de 180 dias, podendo ser prorrogada.
No Paraná, o trabalho de monitoramento das aves migratórias e das granjas segue com o objetivo de reforçar as medidas de biosseguridade. O litoral do estado, principal ponto de entrada de aves migratórias, está sendo acompanhado por autoridades locais e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). A região é especialmente importante, pois aves migratórias podem carregar o vírus de outros países para o Brasil.
Além disso, o governo estadual prorrogou o decreto de emergência zoossanitária por mais 180 dias, visando manter a vigilância sobre a influenza aviária, doença que já afetou aves silvestres em várias regiões do estado.