Maringá caiu da 9ª para a 21ª posição no ranking das melhores cidades para se fazer negócios no país. A pesquisa é feita anualmente pela consultoria Urban Systems para a revista Exame e avalia quatro indicadores socioeconômicos.
Dos quatro segmentos avaliados, Maringá melhorou em dois, desenvolvimento econômico e desenvolvimento social, e piorou nos outros dois, capital humano e infraestrutura.
Quando os resultados são avaliados individualmente em cada segmento, a pior posição que Maringá ocupa é em infraestrutura, em que figura na 79ª posição. Neste índice são analisados saneamento, transporte, telecomunicação e energia.
A melhor posição da cidade é em desenvolvimento social, no qual Maringá ocupa o 18º lugar. Neste indicador são analisados saúde, educação, segurança e questões sociodemográficas.
Os pontos obtidos em cada indicador são calculados por meio da metodologia Índice de Qualidade Mercadológica (IQM).
Confira posição de Maringá nos indicadores
- 18º em Desenvolvimento Social – 3,951
- 19º em Desenvolvimento Econômico – 5,807
- 30º em Capital Humano – 3,947
- 79º em Infraestrutura – 2,873
Em comparação ao ano passado a maioria dos municípios paranaenses pioraram de posição no ranking. A única cidade do Paraná que subiu na classificação foi Araucária, na região Metropolitana de Curitiba, que saltou da 66ª posição para a 19ª.
São Caetano do Sul (SP) lidera o ranking. Curitiba caiu da da 7 ª para a 12ª e continua a ser a melhor avaliada no Paraná. Araucária aparece na 19ª colocação e Maringá, na 21ª.
Pontos positivos e negativos de Maringá
O economista João Adolfo Stadler Colombo considera que o desempenho de Maringá no ranking poderia ter sido pior se não fosse o desenvolvimento econômico da cidade.
“Melhoramos 14 posições neste segmento, Maringá é uma cidade que está crescendo em geração de empregos, fechamos agosto com um saldo positivo, isso aumenta o dinheiro na população e consequentemente o PIB per capita”, diz.
Dentro da questão de infraestrutura logística um ponto negativo é o indicador de Conectividade dos Aeroportos, em que Maringá também perdeu pontos.
Agora, com a previsão de retorno da Latam a partir de dezembro e com a possível retomada das Terminal de Cargas Aéreas (TECA), em que a concessão foi vencida pela empresa mineira BHZ Logística Integrada, há uma expectativa de recuperação de pontos neste indicador.
“Um ponto completamente desfavorável pra Maringá é a logística. Estamos no interior do estado, longe dos portos. A economia do país sendo de exportação dificulta o empresário a se estabelecer em Maringá”, avalia o economista.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), Michel Felippe Soares, a queda não é suficiente para afastar investimentos empresariais da cidade.
“Maringá tem um crescimento econômico acima da média nacional, mesmo caindo 12 posições no ranking, ainda estamos bem colocados. A cidade não tem favela e tem bons indicadores de vida, fora uma grande sinergia entre inciativa pública e privada, além de boas instituições de ensino superior”, considera.
Como forma de resolver o problema da queda na classificação do ranking, o presidente da ACIM vê o diálogo com o poder público como solução para a cidade voltar a crescer. “Precisamos de medidas efetivas juntos com o poder publico para subir novamente no ranking”, avalia.
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