Caíto Maia, fundador da Chilli Beans, faz aporte de R$ 176 mil na startup de Maringá Tindin

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Eduardo Schroeder e Fábio Rogério, sócios da startup de Maringá Tindin, conseguiram fisgar um aporte de R$ 176 mil no reality show Shark Tank Brasil. O episódio foi ao ar na sexta-feira (9/8), no Canal Sony.

A Tindin é uma Edfintech, intersecção entre educação, finanças e tecnologia, que uniu educação e serviços financeiros em uma plataforma de mesada eletrônica educativa.

O tubarão Caíto Maia, fundador da Chilli Beans, maior rede especializada em óculos e acessórios da América Latina, com mais de 800 pontos de venda no Brasil e em várias partes do mundo, se tornou sócio do negócio. Ele comprou 20% da Tindin.

Caíto gostou da apresentação criativa, firme e dedicada dos sócios durante o programa, e da proposta da Tindin, que vai de encontro a um público muito especial para a Chilli Beans: crianças e adolescentes.

O tubarão decidiu investir também para que este púbico possa adquirir produtos da Chilli Beans através do gateway de pagamento da Tindin, usando a mesada conquistada pelo cumprimento das tarefas, definidas pelos pais.

A rede de óculos ainda poderá disponibilizar sua linha de acessórios no marketplace do aplicativo. De acordo com Eduardo Schroeder, CEO da Tindin, “temos um marketplace no próprio aplicativo em que as crianças podem comprar produtos com a mesada acumulada. Os pais também podem inserir “produtos” ou experiências, como eletrônico e viagens. E em breve, os acessórios da Chilli Beans também estarão disponíveis”, explica.

O Tindin foi criado com o objetivo de desenvolver as capacidades infanto-juvenis de planejamento, negociação, poupança, investimento, consumo consciente e empreendedorismo. Funciona da seguinte forma:

  • Ao baixar o aplicativo gratuitamente para IOS ou Android, os pais definem o valor da mesada para transferência automática via cartão de crédito;
  • Os pais personalizam e definem critérios, tarefas e recompensas para as crianças;
  • A criança conquista sua mesada e a administra de forma digital e gamificada, e escolhe um objetivo material que adquire usando a própria mesada.

Desta forma, o aplicativo ajuda desenvolver habilidades como o hábito de poupar, planejamento, capacidade de negociação, respeito ao dinheiro e gestão financeira, além de disciplina e responsabilidade.

Mas o Tindin não se limita a uma carteira digital. O grande diferencial frente aos produtos substitutos do mercado é o trinômio: finanças-educação-gamificação.

Não se trata apenas de um meio de pagamento, ou apenas marketplace, tampouco apenas plataforma educacional. É o primeiro ecossistema financeiro a aplicar educação financeira na teoria e na prática.

O mercado B2C potencial da Tindin é formado por jovens entre cinco e 17 anos, que segundo dados do IBGE, movimentam cerca de R$ 40 bilhões todos os anos.

O mercado B2B, para o qual a Tindin vai direcionar seu modelo de negócio no segundo semestre, é formado por escolas fundamentais, treinamentos corporativos e EAD em geral que, juntas, movimentam quase R$ 100 bi anuais.

Vale destacar que as escolas fundamentais são responsáveis por 60% deste montante e serão obrigadas por lei a incluir educação financeira na grade curricular, já no próximo ano.

O cientista da computação e especialista em gestão empresarial Eduardo Schroeder conta que a ideia do negócio começou em casa, quando instituiu a mesada educativa para ensinar finanças para seu filho.

Anos depois, o menino fez uma proposta que se transformaria no conceito por trás do negócio: “Ele disse, ‘pai, quero comprar seu cartão de crédito, porque lojas online não aceitam moedas’, pensei, uau, faz todo sentido!”.

Fábio Rogério é graduado em desenvolvimento de sistemas para Internet, pós-graduado em Administração de Banco de Dados e pai da Alice. “Ela nem completou o primeiro aniversário, mas segundo previsões de especialistas, quando ela chegar aos 10 anos, não existirá mais o dinheiro físico”, diz o empresário.

“Nunca subestime uma criança!”, brinca, Eduardo Schroeder, fundador e CEO da Tindin, quando questionado sobre a juventude da startup.

Segundo ele, a empresa, que conta ainda com outros dois sócios colaboradores atuando nas áreas de Marketing e Desenvolvimento de Software, foi constituída no modelo exponencial de negócio, o que justifica sua velocidade frente aos modelos tradicionais.


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