Os preços das diárias em hotéis de Maringá este ano ano aumentaram 12,3% em média, comparados com o mesmo período de 2017, mas o que levou ao cancelamento de cerca de 50% das reservas nos últimos dias nove dias foi mesmo a greve dos caminhoneiros.
Pesquisa do Observatório do Turismo e Eventos de Maringá, núcleo de pesquisas do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau constatou que o preço médio em março deste ano era R$ 177,22, ante R$ 155,48 do mesmo período do ano anterior.
Apesar do aumento, Maringá ainda tem preços menores que Londrina, por exemplo. A média lá é R$ 198,01, segundo o Londrina Convention Bureau. A diferença entre as médias das duas cidades é de 11,73%.
Dividindo os estabelecimentos por categorias, o preço médio da diária em apartamento luxo, em Maringá, ficou em R$ 230,81; no turismo R$ 186,79 e na econômica R$ 113,77. No ano passado os preços eram, respectivamente, R$ 217,44, R$ 163 e R$ 86.
Ocupação sofre queda devido à greve
A taxa de ocupação dos hotéis também cresceu de um ano para o outro. De 58,53% passou a 61,2% em março deste ano. Já em Londrina, a média no mesmo mês ficou em 59,44%.
Segundo o Observatório, a taxa de ocupação veio em uma crescente nos primeiros meses do ano. Em janeiro, média foi de 53% mantendo praticamente estável no mês seguinte, com 52,9%, e atingido 61,2% em março.
Em entrevistas com gerentes de hotéis, eles destacaram a boa taxa de ocupação em março. O gerência do Hotel Deville informou que “o primeiro trimestre foi melhor, agora o movimento está um pouco menor”.
A perspectiva, segundo o gerente do Hotel Ipiranga, José Carlos Neves, também é que o movimento tenha uma leve queda. “O índice está satisfatório no momento, mas com menos movimento. A gente espera que em julho aumente um pouco”.
No entanto, a greve dos caminhoneiros, que nesta quarta-feira (30/5) completa dez dias, levou ao cancelamento de cerca de 50% das diárias em hotéis na cidade. Segundo gerente de um deles, que pediu para não ser identificado, “o prejuízo já gira em torno de R$ 50 mil”.
Segundo ele, além do cancelamento das reservas anteriormente feitas, “o telefone não toca para novas reservas”. A ocupação média em Maringá costuma ser uma consequência do fluxo de turistas de negócios, que usam como meio de transporte veículos próprios.
A falta de combustíveis nos postos fez com os representantes comerciais, por exemplo, não viajassem na última semana. Os dias com maior movimento são entre terça e quinta-feiras.
Nos finais de semana, o fluxo costuma diminuir, com exceção dos dias em que há grandes festas de casamentos, vestibular ou outro evento importante, que faz o movimento aumentar.
Comentários estão fechados.