No ano passado, os negócios realizados e prospectados durante a Expoingá chegaram a R$ 455,421 milhões. A Sociedade Rural de Maringá (SRM) acredita que nesta edição o volume aumente cerca de 20%, totalizando R$ 550 milhões.
Segundo a presidente da SRM, Maria Iraclézia, a venda de máquinas, equipamentos agrícolas e veículos são os principais responsáveis pela geração de negócios na Expoingá, seguindo pela concessão de financiamentos e comercialização de animais, em leilões e vendas diretas.
Outro fator que contribui para o faturamento da feira é a locação de espaços. Este ano são 1,3 mil expositores da indústria, comércio, animais e demais segmentos. Os ingressos e shows, que são terceirizados, têm impacto menor nos negócios.
A expectativa para este ano, é que os leilões representem uma fatia maior dos negócios gerados durante a feira ante o ano passado., quando o preço do gado era menor e foram comercializados cerca de 600 animais em um único leilão.
Para essa edição, serão três leilões de gado de corte e dois de ovinos, somando cerca de 2,5 mil animais. O preço da arroba do boi gordo também está em alta.
Venda de veículos movimentou R$ 24 milhões em 2017
Na Expoingá 2017, as empresas expositoras venderam cerca de 300 veículos, a um preço médio estimado de R$ 80 mil, representando 24 milhões em negócios apenas de veículos.
Para este ano, SRM e os expositores do setor acreditam as vendas serão maiores. Quem vendeu menos em 2017, comercializou 35 veículos e quem vendeu mais chegou a 70 veículos.
Depois de dois anos sem participar da Expoingá por causa do cenário econômico, a Servopa, concessionária Volkswagen, espera vender até 70 carros durante a feira.
O foco são os veículos a diesel e modelos que vão desde Amarok de cabine simples até V6 e saveiros. Além disso, a concessionária também aproveita a feira para divulgar os lançamentos.
O gerente da filial em Maringá, Alairton Bregolim, acredita que a prospecção de negócios será grande durante a Expoingá. Ele diz que na quinta-feira (3/5), apesar do público ter ido para um evento religioso, já conseguiu fechar algumas vendas.
“Dependemos muito do produtor rural, que é o público da feira. A gente vê o setor rural não só bancando o país, mas fazendo a diferença e crescendo. Com o preço da soja em alta, a gente acredita que o cenário está mais positivo do que quando tomamos a decisão de participar”, afirma.
Para Alairton a feira funciona como uma vitrine e permite com que outras pessoas conheçam a concessionária, que pode se tornar uma opção do comprador na hora de trocar de carro.“O reflexo não é só imediato, a gente acredita e trabalha com reflexo no médio prazo”, afirma.
Empréstimos devem aumentar em até 25%
Com experiência de outras feiras agropecuárias da região, o assessor de crédito rural do Sicredi, Gilberto Paulo Rauber, está otimista com os negócios que podem ser gerados na Expoingá.
Apesar de não revelar o montante que será disponível para linha de crédito, ele diz que espera um aumento de 20% a 25% nos empréstimos, em comparação com o ano passado.
“O cenário está difícil, mas existe uma perspectiva de melhora na economia. Na região, a produtividade nos últimos anos foi boa e isso ajuda muito, apesar de um momento de seca agora na safra do milho. O preço não está ruim hoje, e nesse sentido temos uma expectativa de melhora”, afirma.
Rauber garante que durante a feira o banco estará preparado para atender toda a demanda dos associados e de quem deseja adquirir linhas de crédito rural.
Segundo ele, as linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), oferecem de acordo com a classificação do produtor, uma taxa de juros que varia entre 2,5% e 8,5% ao ano e prazo de sete até dez anos para pagar.
Gilberto Paulo Rauber diz que os negócios vão além da feira, e que depois de duas semanas do término da Expoingá ainda tem produtores interessados nas linhas de crédito do banco:“Se tem rentabilidade e produtividade, ele vai querer melhorar sua tecnologia por meio de uma máquina nova.”
Ausência de chuvas pode impactar nas vendas
Apesar de ter faturado cerca de R$ 1,5 milhão com as vendas de máquinas no ano passado, a expectativa do gerente corporativo de vendas da Cocamar Máquinas, concessionária da John Deere, Helton Jorge, é que neste ano o volume de negócios prospectados fique em R$ 10 milhões.
Jorge diz que prefere acreditar na capitalização dos clientes, apesar das dificuldades na segunda safra de milho causadas pela ausência das chuvas, e que podem interferir nas vendas durante a Expoingá.
“A expectativa da colheita do milho, pelo fato de ser tão boa, faz com que o cliente se retraia um pouco, aguardando o resultado acontecer para depois investir ou não”, explica.
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