A companhia Terminais Aéreos de Maringá – SBMG S/A, empresa que administra o Aeroporto Regional de Maringá Silvio Name Junior, saiu de um prejuízo liquido de R$ 728,5 mil em 2016 para um lucro de R$ 280,6 mil em 2017. É o que consta nas Demonstrações Contábeis publicadas nesta quinta-feira (12/4).
A decolagem que fez o aeroporto maringaense sair do vermelho para o azul se deu, principalmente, pelo fim da cobrança de 30% sobre a taxa de embarque, a chamada Tarifa Aeroportuária (Taero), destinada ao Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), segundo explicou o superintendente do aeroporto, Fernando José Rezende.
Mesmo com a queda nos números de embarques e desembarques de 2017 ante 2016, a receita operacional saltou de R$ 12,392 milhões para R$ 14,806 milhões. A quantidade de embarques, em 2016, baixou de 347.328 para 328.990, em 2017, e o de embarques de 348.668 para 330.580. A crise econômica levou à redução de voos e de passageiros.
Outros fatores que também contribuíram com o aumento das receitas foram a concessão comercial de novos espaços do aeroporto. A Pajolla Comunicação Ltda-ME, que venceu a licitação para explorar parte dos espaços publicitários, é um exemplo. O aeroporto, em 31 de dezembro de 2017, tinha um crédito de R$ 37 mil junto à empresa.
A companhia tem um capital social de R$ 3,8 milhões, representado por 76 mil quotas de R$ 50 cada, que são distribuídas entre cinco acionistas, sendo 75.970 quotas da Prefeitura de Maringá. Essas correspondem a 99,96% do capital, ou seja, R$ 3.798,480. As demais são distribuídas igualmente entre outros quatro sócios, 0,01% cada, ou R$ 380,00.
A companhia que administra o aeroporto de Maringá foi constituída em dezembro de 1999, sob a forma jurídica de sociedade por ações de capital fechado e os outros sócios são, sempre, ligados a administração municipal.
Atualmente, são o superintendente Rezende, os secretários municipais Francisco Favoto (Esportes e Lazer) e Orlando Chiqueto Rodrigues (Fazenda), e o vereador Sidnei Telles (PSD).
Projetos de ampliação de espaços e voos
O superintendente Fernando Rezende disse nesta quinta-feira que, este ano, deverá iniciar e concluir a área de estacionamento para embarques e desembarques e que está em negociação com a Avianca e a TAM para operarem na cidade e, com a Gol e a Azul, para ampliar o número de voos.
Também acredita que a ampliação do aeroporto, em cerca de 1 mil m², seja licitada e iniciada em 2018. O projeto é construir um bloco anexo para alojar a área de administração, que atualmente ocupa lugar considerado nobre no pavimento superior. Com isso, o espaço administrativo se tornará área de embarque, que hoje fica no térreo.
Acrescentou que deverá ser ampliada a área de alimentação, no segundo piso, com a construção de mais dois módulos. “Com isso vamos ampliar o número de espaços para locação de restaurantes e oferecer mais conforto aos passageiros. Acredito que será possível começar este ano e concluir em 2019”, disse Rezende.
Além disso, a ampliação das pistas de pousos e decolagens, que já conta com R$ 120 milhões de recursos federais à disposição do município, está em fase preparatória de licitação na prefeitura. Segundo Rezende, a atual gestão do aeroporto de Maringá se pauta em quatro pilares: segurança operacional, conforto de passageiros, busca de alternativas de voos e transparência.
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