As nadadoras paralímpicas maringaenses Débora e Beatriz Borges Carneiro encerraram a participação nos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, no Peru, com cinco medalhas. Foram duas de ouro, duas de prata e uma de bronze.
A primeira grande conquista foi na primeira prova no domingo (25/8), nos 100 metros peito, a especialidade da dupla. Débora ficou com o lugar mais alto do pódio, seguida por Beatriz, em segundo lugar.
Nos 200 metros medley mais um show na piscina. O pai das atletas, Eraldo Volpato Carneiro, que as acompanha e incentiva desde a primeira competição em 2013, disse que nunca as viu tão determinadas.
“Conversamos muito antes da competição e vi nos olhos delas o quanto estavam focadas”, diz. O resultado foi mais uma dobradinha das irmãs, com direito ao pódio verde e amarelo. Beatriz ficou com o ouro, seguida da irmã Débora, com a prata. E o terceiro lugar ficou com outra brasileira, Ana K. Soares Oliveira.
Débora e Beatriz, que esbanjaram alegria durante os dias de competição, também disputaram os 200 metros livre, prova que garantiu o bronze para Beatriz.
Débora chegou logo atrás e ficou com o quarto lugar. Nos 100 metros borboleta não teve medalha, mas houve uma conquista expressiva para Débora, que baixou em quase seis segundos a marca pessoal.
“Ela foi fantástica. Baixar a marca pessoal dessa forma praticamente ninguém faz no mundo da natação. Foi impressionante”, diz o pai, orgulhoso.
Do Peru, as meninas seguiram para Londres, na Inglaterra, onde participam do Campeonato Mundial de Natação Paralímpica.
Elas só retornam a Maringá no dia 17 de setembro. Débora e Beatriz Borges Carneiro competem pela União Metropolitana Paradesportiva de Maringá (UMPM) e treinam com a equipe da Associação de Pais e Atletas da Natação (APAN Maringá).
Elas estão no topo do ranking das Américas e entre as sete principais atletas do mundo na categoria S14 – que engloba competidores com deficiência intelectual.
Treinadas pelo professor André Yamazaki Pereira, que acompanhou as duas na competição, as irmãs têm se destacado em competições no Brasil e no mundo.
Antes da competição no Peru, elas ocupavam a quarta e a sétima posição do ranking mundial na prova de 100 metros peito. Com o desempenho no Parapan, as atletas tendem a subir de posição e ficar entre as cinco primeiras.
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