Startup paranaense inova com carne à base de fungos

A inovação promete um produto com o mesmo sabor da carne, mas com menos gordura e calorias, além de ser mais rico em proteínas e fibras.

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    A Typcal, uma spin-off da startup Fungi Biotecnologia com sedes em Curitiba e Ponta Grossa, lançou um novo conceito em alimentos com seu hambúrguer sem carne, feito a partir de micélio, a parte vegetativa de fungos e cogumelos. A inovação promete um produto com o mesmo sabor da carne, mas com menos gordura e calorias, além de ser mais rico em proteínas e fibras.

    O hambúrguer é desenvolvido através de um processo de fermentação líquida similar ao utilizado na produção de cervejas e etanol. Com uma textura e aparência semelhantes a frango desfiado e um sabor neutro, o micélio pode servir como substituto de carne em produtos veganos e vegetarianos, bem como em alimentos híbridos misturados com proteína animal.

    A Typcal foi uma das 68 startups selecionadas no primeiro edital do Paraná Anjo Inovador, recebendo R$ 250 mil em incentivo do programa. Este financiamento é crucial para a startup, que enfrenta desafios para atrair investidores na fase de desenvolvimento tecnológico.

    Os fundadores da Typcal, Eduardo Sydney e Paulo Ibri, destacam que a principal vantagem do micélio é seu sabor neutro, permitindo que ele se misture sem alterar o gosto dos alimentos. A expectativa é que o produto esteja disponível no mercado em 2025.

    Além da Typcal, a Fungi Biotecnologia gerou outras duas spin-offs: a Mush, que cria embalagens e materiais sustentáveis a partir do micélio, e a Muush, que desenvolve biotecidos similares ao couro para a indústria da moda.

    A tecnologia de fermentação da Typcal é a mais rápida da América Latina, permitindo a produção do micélio em 24 horas, comparado às 48-72 horas de outras empresas. Além disso, o processo consome 99% menos água e tem um impacto ambiental reduzido em comparação com a produção de carne bovina.

    Com a inovação, a Typcal não só contribui para uma alimentação mais saudável e sustentável, mas também alinha-se com práticas ambientais responsáveis, utilizando resíduos vegetais e subprodutos da agroindústria para cultivar o fungo.

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