Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Em 2023, o Brasil registrou 7 mil casamentos civis entre mulheres, número que representa um crescimento de 5,9% em comparação a 2022. Esse é o maior registro desde o início da série do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre uniões homoafetivas, iniciada em 2013.
No mesmo período, houve um recuo de 4,9% nas uniões entre homens, com 4.175 casamentos registrados. No total, as uniões homoafetivas somaram 11,2 mil, alta de 1,6% em relação ao ano anterior.
Os dados do IBGE consideram apenas casamentos civis formalizados em cartórios e não incluem uniões estáveis. O levantamento foi feito com base em informações de quase 20 mil cartórios em todo o país.
Desde 2013, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo quase triplicou, passando de 3,7 mil para 11,2 mil em 2023. A maior parte dessas uniões é entre mulheres, que em 2023 representaram 62,7% do total.
Já o número total de casamentos no Brasil, somando uniões heterossexuais e homoafetivas, foi de 940,8 mil em 2023, uma redução de 3% em relação a 2022. A queda segue uma tendência observada desde 2015, quando o número chegou a 1,137 milhão, chegando a seu menor ponto durante a pandemia em 2020, com 757 mil registros.
A taxa de nupcialidade – que relaciona o número de casamentos à população com 15 anos ou mais – foi de 5,6 em 2023, menos da metade da taxa de 1980, que era 12,2.
Além das mudanças nos números de casamento, o IBGE apontou que os brasileiros estão se casando mais tarde. Em 2023, a idade média dos cônjuges solteiros era 29,2 anos para mulheres e 31,5 para homens em uniões heterossexuais. Entre casais homoafetivos, a média foi 32,7 anos para mulheres e 34,7 anos para homens.
O estudo também mostrou que a participação de solteiros entre os noivos tem diminuído, com aumento de casamentos envolvendo divorciados ou viúvos.
No mesmo período, os divórcios no país aumentaram 4,9%, totalizando 440,8 mil dissoluções em 2023. A maioria (81%) foi judicial, e o tempo médio de duração dos casamentos caiu para 13,8 anos.
Outro dado relevante foi a tendência crescente de guarda compartilhada dos filhos após o divórcio. Em 2023, 42,3% dos casos adotaram esse modelo, enquanto a guarda exclusiva da mãe caiu para 45,5%.