Preços dos ovos devem se manter altos até abril, diz ABPA

A alta é considerada sazonal pela associação, que espera normalização do mercado após a quaresma, apesar dos custos de produção elevados.

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    Nas últimas semanas, os preços dos ovos têm apresentado alta expressiva em diversas regiões do país, com variações que ultrapassam os 30% em relação a janeiro deste ano, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Em comparação ao mesmo período de 2024, o aumento é de 17%.

    A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) esclarece que essa elevação é um fenômeno sazonal, típico do período pré e durante a quaresma. Após um longo período de preços em baixa, a demanda natural do período – impulsionada pela substituição de carnes vermelhas por proteínas brancas, como os ovos – aqueceu o mercado.

    Além disso, os custos de produção vêm pressionando os preços. Nos últimos oito meses, o preço do milho subiu 30% e os insumos para embalagens tiveram um acréscimo de mais de 100%. Condições climáticas adversas, com temperaturas em níveis históricos, também têm impactado a produtividade das aves e, consequentemente, a oferta de ovos.

    Mesmo diante desses fatores, os produtores mantêm a expectativa de que o mercado se normalize até o final da quaresma, com o retorno dos níveis habituais de consumo. As exportações, que correspondem a menos de 1% das 59 bilhões de unidades previstas para produção este ano, têm impacto quase nulo na oferta interna, resultando em um consumo per capita anual de 272 ovos – acima da média mundial.

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