Estudo do CNJ aponta que quase 8% das adoções terminam em desistência

Estudo do Conselho Nacional de Justiça aponta que 1.666 crianças enfrentaram a interrupção da adoção entre 2019 e 2023. Casos de devolução impactam psicologicamente os envolvidos, especialmente as crianças.

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    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que 7,9% dos processos de adoção no Brasil foram desfeitos entre 2019 e 2023. Isso significa que, de cada 100 crianças em guarda provisória, quase 8 acabam retornando ao sistema de acolhimento, o que impacta profundamente seu bem-estar psicológico. A pesquisa, que analisou 21.080 crianças, também observou que 139 casos de adoção definitiva foram revertidos, representando 0,8% do total.

    O estudo aponta que crianças com mais de 5 anos, com deficiência mental ou problemas de saúde tratáveis, têm maior probabilidade de ter o processo de adoção desfeito. Além disso, a análise revelou que a cor também influenciou os resultados, com uma maior porcentagem de crianças negras enfrentando a devolução.

    A jornalista Leonor Costa compartilhou sua experiência de adoção da menina Safyra, que passou por uma situação de devolução antes de ser acolhida definitivamente. Ela destaca a importância de os pretendentes à adoção estarem cientes das dificuldades que podem surgir durante o processo.

    O estudo do CNJ também sugeriu melhorias no sistema de adoção, como a padronização da avaliação dos pretendentes e o fortalecimento do suporte psicológico e emocional para as crianças envolvidas, com o objetivo de evitar traumas futuros e garantir uma transição mais segura para os novos lares.

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