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O governo dos Estados Unidos ainda tenta mensurar os estragos feitos pela passagem do furacão Milton no estado da Flórida, nesta semana. Conforme um pronunciamento do governador Ron DeSantis, ao menos 16 pessoas morreram e outras 3 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica.
O ‘olho’ do furacão atingiu o solo da Flórida na madrugada de quarta (9) para quinta-feira (10). Após se formar como categoria 3, a passagem do Milton foi classificada pelos meteorologistas como categorias 1 e 2 em algumas regiões do estado. Um brasileiro que mora lá relatou ao Maringá Post a preparação adotada por ele e a família, bem como os estragos pela vizinhança após a tempestade.
Jonathan Bechtold, natural de Blumenau-SC, mora na cidade de Saint Cloud, com a família, há quase dois anos. No condado, o furacão chegou como categoria 2, com ventos que atingiram até 250km/h. Foi a primeira vez que ele e a família viveram uma situação como essa morando nos Estados Unidos.
“A gente estava bem preocupado, porque então tudo indicava que ele ia chegar como categoria 5. É algo realmente muito forte, né? Ele entrou na nossa região também, mas como categoria 2, nem comparado ao que aconteceu na parte da costa do estado de onde é a parte litorânea. Então graças a Deus ele entrou como categoria 2. Ainda assim é forte, como eu falei, mas nem em comparação com a 5”, disse.
De acordo com o brasileiro, apesar do susto e da força dos ventos, ele e a família não tiveram danos físicos ou materiais. Enquanto a tempestade passava pela cidade, eles se abrigaram no closet da casa, seguindo as recomendações das autoridades. Por lá, estocaram comida, prepararam colchões e se esconderam no cômodo por algumas horas, até que o furacão passasse.
“Felizmente, estamos todos bem, apesar do susto. Também não tivemos danos materiais pois nossa casa estava preparada. É uma construção nova, de 2019 e aqui na Flórida há um decreto, de 2004, que estabelece diretrizes para construções, que precisam ser adaptadas para este tipo de desastre. Com isso, a estrutura da nossa casa tem mais resistência. Mesmo assim, não deixa de ser algo assustador”, explica.
“Nós recebemos um comunicado no celular, informando sobre a chegada do Furacão e também sobre a possibilidade de formação de tornados. Foram mais de 100 tornados originados pelo Milton aqui na Flórida, um deles a 8 milhas da nossa casa. O comunicado do governo dizia para estocarmos comida, encher o tanque do carro, comprar pilhas, mantimentos e se abrigar em um cômodo seguro da casa. Aqui, normalmente é o closet, então nos abrigamos lá, dormimos lá e esperamos o furacão passar. Ele passou em nossa cidade durante a madrugada de quarta para quinta-feira”, complementa.
Ainda conforme Jonathan, na manhã seguinte era possível observar os estragos na vizinhança. “Apesar de não ter chegado com a força projetada, ele arrancou o telhado de algumas casas aqui próximas, arrancou árvores, outdoors, foi bem assustador. A gente tentou espiar pela janela durante a madrugada, vimos coqueiros, que são árvores resistentes, sendo envergadas pela força dos ventos. É algo difícil até de mensurar”. É um momento ali que você fica horas dentro do cômodo e sempre apreensivo, descreve.
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