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O governo federal intensifica suas ações contra uma onda de incêndios criminosos que assola o Brasil. Em coletiva de imprensa realizada neste domingo (25/8), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou que a Polícia Federal (PF) abriu 31 inquéritos para investigar as causas dos incêndios que têm devastado áreas da Amazônia, do Pantanal e, recentemente, também atingiram o estado de São Paulo – 21 cidades estão com focos de incêndio ativos e outras 46 em alerta máximo para incêndios.
Esforços integrados
Marina Silva explicou que, há mais de dois meses, foi estabelecida uma sala de situação para monitorar a seca e os incêndios no país. A operação conta com a participação de diversos órgãos governamentais, incluindo o Ibama, o ICMBio, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Ministério da Defesa, a Marinha e os Corpos de Bombeiros dos estados afetados.
A ministra enfatizou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é para que haja uma colaboração estreita entre o governo federal, governadores, prefeitos e brigadas de combate ao fogo. “Estamos em uma verdadeira guerra contra o fogo e contra a criminalidade,” declarou Marina Silva, destacando a urgência de punir os responsáveis pelos incêndios intencionais.
Impacto e reação do Governo
Durante a coletiva, Marina Silva condenou veementemente o ato de provocar incêndios em períodos de alta temperatura e baixa umidade, ressaltando que tais ações não afetam apenas estados ou municípios isolados, mas comprometem todo o Brasil. A ministra também alertou para a disseminação de fumaça em Brasília, proveniente tanto de incêndios locais quanto de outras regiões.
Sobre os recentes focos de incêndio em São Paulo, a ministra afirmou que a situação é incomum e levanta suspeitas. “Não é natural que em poucos dias tantos municípios estejam enfrentando incêndios simultaneamente. As investigações irão esclarecer isso,” disse Marina.
Investigações em andamento
A sala de situação criada pelo governo não se limita ao monitoramento. Medidas mais robustas já foram implementadas, como alterações na legislação e a liberação de crédito extraordinário para reforçar as operações em campo. Mais de 20 ministérios estão envolvidos na coordenação das ações, sob a liderança da Casa Civil.
Apesar da gravidade da situação, o diretor geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que é prematuro concluir se o crime organizado está por trás dos incêndios. “Ainda é cedo para determinar o envolvimento de grupos criminosos nessas ações,” declarou Rodrigues.
A abertura dos 31 inquéritos pela Polícia Federal é uma resposta direta à crescente ameaça dos incêndios, que não apenas devastam o meio ambiente, mas também ameaçam a segurança e a saúde das populações afetadas. O governo federal continua empenhado em identificar os responsáveis e assegurar que ações efetivas sejam tomadas para prevenir futuros incidentes.
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