Justiça Federal é acionada para execução de multa bilionária contra Samarco por tragédia em Mariana

Em 2015, uma barragem localizada na zona rural de Mariana se rompeu, liberando uma avalanche de rejeitos que causou impactos em dezenas de cidades mineiras e capixabas.

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    O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União solicitaram à Justiça Federal a execução imediata da sentença que impõe à mineradora Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, o pagamento de R$ 47,6 bilhões por danos morais coletivos. O valor é referente ao desastre de 2015, quando o rompimento de uma barragem em Mariana (MG) resultou em uma catástrofe ambiental e humana, afetando dezenas de cidades ao longo do Rio Doce e causando 19 mortes confirmadas.

    A decisão judicial, proferida pelo juiz federal Vinícius Cobucci em janeiro, determinou que o montante deveria ser aplicado exclusivamente nas regiões impactadas. No entanto, as mineradoras recorreram da decisão. Agora, o MPF, junto com outras instituições de justiça de Minas Gerais e Espírito Santo, argumenta que, com a atualização monetária, o valor devido pelas empresas pode chegar a quase R$ 100 bilhões.

    O pedido enfatiza a demora no processo e os efeitos irreparáveis para as comunidades afetadas, incluindo a degradação ambiental e a perda de qualidade de vida. Além disso, as instituições de justiça buscam uma sentença para os danos individuais homogêneos, que se referem a prejuízos sofridos coletivamente por um evento único.

    Enquanto isso, as discussões sobre o processo de reparação continuam. Mais de oito anos após a tragédia, as partes envolvidas ainda buscam um novo acordo que possa atender às necessidades das comunidades afetadas e resolver mais de 80 mil processos judiciais pendentes. As propostas apresentadas pelas mineradoras têm sido consideradas insuficientes pela União e pelo governo do Espírito Santo, que buscam condições mais justas e abrangentes para a reparação dos danos causados.

    Agência Brasil

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