Os estudantes envolvidos em um ataque racista contra um jovem de 17 anos em um colégio particular de Curitiba foram afastados por cinco dias, mas já retornaram às aulas.
Apenas um dos envolvidos, que foi identificado posteriormente, ainda estaria afastado das atividades escolares.
O caso, que veio a público em abril, envolvia os alunos realizando diversas ameaças e insultos de cunho racial, e inclusive desenhando uma suástica no caderno do colega.
A mãe da vítima questionou a decisão de permitir a volta dos alunos ao colégio. “Eles voltaram a frequentar o ambiente escolar. Quando questionei a direção, recebi a mensagem de que esses menores estão protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Eu gostaria de saber qual estatuto protege o meu filho? Nós temos provas concretas do que aconteceu, com os prints das conversas”, afirmou a mulher.
O advogado da vítima, Igor José Ogar, também criticou o retorno dos envolvidos à escola. “Ao que tudo indica, não haviam previsões no regimento interno da instituição de ensino que desse conta da punição imediata pra todos os tipos de atos infracionais análogos a crimes cometidos por seus alunos, o que deve ser questionado e apurado. Parece que quem tem que se ausentar das aulas é a vítima, que agora precisa estar na companhia de pessoas que a agrediram moral e psicologicamente”, defendeu Ogar.
Em nota oficial, o Colégio Positivo afirma que adotou as medidas cabíveis dentro de sua esfera de competência, e que os “limites do regimento interno e aqueles definidos pelos artigos 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente” foram respeitados.
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