Empresas paranaenses receberam aportes de mais de R$ 17 milhões pelo Sebraetec, em 2023

Os setores que mais se beneficiaram do programa foram: Indústria, com 423 atendimentos; Serviços, com 340 e Comércio, com 242.

  • Criado para que empreendedores tenham acesso a serviços tecnológicos e possam inovar, melhorar processos, produtos e serviços, o Sebraetec atendeu 1.750 pequenos negócios em 221 município do Paraná, em 2023, com investimento total de R$ 17,4 milhões. As micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais (MEI) que contrataram serviços de tecnologia, por meio do Sebraetec, tiveram até 70% do valor subsidiado pelo Sebrae/PR.

    Os setores que mais se beneficiaram do programa foram: Indústria, com 423 atendimentos; Serviços, com 340; Comércio, com 242; Agronegócio, 222; e Construção Civil, com 55.

    A consultora do Sebrae/PR, Suelen Pedroso, explica que são disponibilizadas mais de cem soluções nas áreas de design, desenvolvimento tecnológico, produção/qualidade e sustentabilidade, com foco em gerar resultados para os pequenos negócios como aumento de produtividade, redução de desperdícios, melhorias tecnológicas e certificações.

    “O Sebraetec promove o acesso às mais diversas que trazem inovação e tecnologia de forma personalizada, ajudando micro e pequenas empresas a desenvolverem sua capacidade produtiva”, explica Suelen.

    Com o programa, os empreendedores podem identificar as soluções e tecnologias que as empresas precisam. Ao iniciar o processo, são assistidos por prestador de serviço credenciado pelo Sebrae/PR, atendidos dentro da solução escolhida.

    Sandra Klein diz que as participações no Sebraetec foram decisivas para o fortalecimento da marca. Na foto, ela posa em frente a um dos telões da Times Square, onde ela conseguiu espaço para divulgar a empresa / Foto: Acervo pessoal

    Desenvolvimento pelo Paraná

    A essência dos resultados do programa são os casos de clientes que tiveram suas demandas atendidas e experimentaram melhorias significativas em suas operações. É o que afirma o diretor de uma empresa de Sabáudia, no norte do Paraná, Wellington Gean Turci.

    Segundo ele, foi possível investir em um novo layout de produção. A empresa tem uma fábrica de terceirização de móveis e enfrentava dificuldades na organização do sistema de trabalho. O empreendedor conta que utilizaram os recursos para acertar a precificação a partir da avaliação de todos os custos da empresa, da mão de obra à matéria-prima.

    “A nossa produção estava desorganizada, então, o novo layout nos ajudou muito. Antes, acontecia de o produto ir para frente e voltar para trás na linha. As mudanças ajudaram na economia de matéria-prima, redução de desperdício e otimização do tempo de produção”, destaca.

    Em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o gerente de projetos de uma empresa de ferramentaria e automação de linha de produção, Marcio Kanuto de Oliveira, conta que, por meio programa, foi possível melhorar o produto final, com mais qualidade e tratamento térmico diferenciado.

    “Participamos do programa no ano passado. Estávamos com alguns problemas de processo dentro da empresa, além de questões de matéria-prima e tratamento térmico. O Sebraetec nos ajudou bastante, percebemos uma evolução nesses processos”, pontua.

    Novo visual

    A proprietária de uma rede de produtos naturais, Sandra Klein, de Marechal Cândido Rondon, no oeste do Estado, utilizou o programa quando decidiu implementar mudanças no layout das embalagens dos produtos, renovar a identidade visual para a empresa e investir em marketing sensorial.

    “O programa proporcionou a concretização de projetos importantes para crescimento da empresa e foi um apoio fundamental para viabilização do nosso crescimento. O suporte do Sebraetec para minha empresa iniciou há dez anos e, sempre que dá, participo para trazer mais novidades. Todas as mudanças fortaleceram a identidade da minha marca, meus produtos se tornaram mais atrativos e modernos e consegui me diferenciar ainda mais no mercado”, celebra.

    Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, o sócio-diretor e responsável técnico de uma empresa do ramo da construção civil, Lúcio Rogoski, há quatro anos recorre ao programa para implementar melhorias em produtos ou processos.

    “Com o subsídio, por exemplo, executamos testes conforme normas aplicáveis para certificar que nossas obras atendem às normas de desempenho”, pontua.

    Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

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