Crescimento na taxa de testes para covid-19 no país acende alerta das autoridades

Esse aumento acendeu o alerta das autoridades da saúde e gerou preocupação entre os moradores da cidade e a comunidade universitária.

  • Foto: Reprodução / UEM 

    Segundo relatórios de entidades privadas e públicas, a taxa de testes positivos para Covid-19 subiu no Brasil nas últimas semanas. A alta está relacionada à Éris, uma subvariante da Ômicron que está sob monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse aumento acendeu o alerta das autoridades da saúde e gerou preocupação entre os moradores da cidade e a comunidade universitária.

    A Éris é mais transmissível, mas não causa casos mais graves ou mortes. Ela é considerada pela OMS uma “variante de interesse”, que pode evoluir para uma “variante de preocupação”. O coordenador de Virologia do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina (DAB) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Dennis Armando Bertolini, explica que “todas as variantes e subvariantes da Ômicron são classificadas atualmente como variantes de interesse, porque elas estão se modificando com muita rapidez e podem vir a qualquer momento e se transformar numa variante de preocupação”.

    Bertolini alerta que estamos no período de inverno, que favorece a aglomeração em ambientes fechados e a transmissão de doenças respiratórias, incluindo a covid-19. Ele também aponta que a população tem procurado menos as vacinas, por falta de preocupação com a doença ou por influência de fake-news sobre a eficácia das vacinas contra a covid-19. Ele ressalta que “a vacina é a principal arma que nós temos hoje no combate à pandemia, então precisamos resgatar esse cuidado no intuito de que as pessoas se conscientizem que atualmente, é a única forma que temos de prevenção para não pegarmos a doença e, se pegarmos, teremos os sintomas bem brandos, não necessitando de internação e nem de outras medidas de saúde mais drásticas. Então, a vacina precisa ser resgatada desde a criança até o adulto”.

    O coordenador da UEM afirma que a situação de Maringá é semelhante à do Brasil e do mundo, mas com as devidas proporções. Ele diz que “o nosso hospital universitário é um dos termômetros para a região porque ele atende os 29 municípios, principalmente da 15ª Regional de Saúde. Nós tivemos no mês de agosto 13 internações, dois casos eram de covid-19, e a maioria das internações, nove delas, crianças, justamente por outros vírus respiratórios. Durante todo o mês de agosto tivemos 58 atendimentos ambulatoriais, apenas três eram SARS-CoV-2, a maioria provavelmente a “influenza”. Então isso tem que ser muito bem monitorado, daí o porquê necessário, ao ter sintomas, procurar o atendimento médico com o diagnóstico para sabermos certinho o que está acontecendo na nossa comunidade para tomarmos as devidas medidas de forma rápida.”

    Bertolini finaliza dizendo que “mesmo que nós estamos com um número baixo de Covid-19 em qualquer uma das localidades do país, as medidas de etiqueta são muito importantes, ou seja, o uso da máscara nunca pode ser desprezado, ele é contínuo. Se uma pessoa estiver com algum sintoma respiratório ou for entrar em contato com alguém que esteja com sintoma ou frequentar ambientes aglomerados, fechados, com pouca ventilação, o uso da máscara ainda é uma medida altamente eficaz no controle da transmissão pelo Covid-19”.

     

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