Epidemia silenciosa: disparam casos de ansiedade, sobrepeso e sedentarismo entre jovens de 18 a 24 anos

Estas descobertas de pesquisa ressaltam a urgência em tratar esses problemas de saúde entre a população jovem do Brasil.

  • Foto: Ilustrativa 

    Um alarmante relatório divulgado pelo Covitel 2023 acaba de revelar um cenário preocupante sobre os hábitos de saúde dos jovens brasileiros. De acordo com os dados, 40,3% dos jovens entre 18 a 24 anos estão enfrentando excesso de peso, incluindo a obesidade, que disparou em 90%, saltando de 9% para 17,1%.

    Este aumento nos índices de obesidade entre os jovens vem junto a outros problemas de saúde. Segundo o mesmo estudo, 31,6% desses jovens já foram diagnosticados com ansiedade e 14,1% com depressão.

    A pesquisa também traz à tona o preocupante comportamento sedentário dessa população. Apenas 36,9% dos jovens entrevistados cumprem a recomendação de 150 minutos semanais de atividade física estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Simultaneamente, 76,1% passam três horas ou mais por dia usando dispositivos digitais para lazer, aumentando o tempo de inatividade física.

    Outros hábitos nocivos incluem o consumo abusivo de álcool, relatado por 32,6% dos jovens, e uma dieta pobre em nutrientes essenciais. Os jovens são os que menos consomem frutas, verduras e legumes, optando mais por refrigerantes e sucos artificiais.

    No entanto, os problemas de saúde não se limitam aos jovens. Os números gerais para todos os brasileiros também são motivo de preocupação. Apenas 31,5% dos brasileiros praticam a quantidade recomendada de atividade física e menos da metade (45,5%) consome verduras e legumes cinco vezes ou mais por semana.

    Este aumento alarmante nas taxas de obesidade e inatividade física entre os jovens brasileiros reflete estudos recentes sobre saúde global. A Organização Mundial da Saúde, em suas mais recentes diretrizes, reitera que a falta de atividade física é um fator-chave nas doenças crônicas não transmissíveis, as quais estão entre as principais causas de morte em todo o mundo.

    Um relatório recente da Lancet, por sua vez, reforça o impacto devastador da má alimentação na saúde. Segundo o estudo, uma dieta pobre é responsável por mais mortes em todo o mundo do que o tabagismo, destacando a necessidade crítica de uma nutrição equilibrada.

    Além disso, a American Heart Association sublinha que a hipertensão arterial, já diagnosticada em 8,2% desses jovens brasileiros, é um importante fator de risco para doenças cardíacas e derrames.

    Estas descobertas de pesquisa ressaltam a urgência em tratar esses problemas de saúde entre a população jovem do Brasil. Este alerta não pode ser ignorado; é imperativo para a saúde futura da nação.

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