Período de abril de 2022 no Paraná teve aumento significativo de chuvas, ao contrário do mesmo período do ano passado, que foi de seca.
Foto: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo
As chuvas de abril ficaram acima do esperado em grande parte do Paraná, bem diferente do que aconteceu no mesmo mês em 2021, quando a seca dominou o mapa do Estado. Já as temperaturas para o mês de abril ficaram dentro do comportamento histórico. O mês de abril foi marcado ainda pelo registro de menor temperatura do ano em General Carneiro (região Sul) e fechou com tempestades de granizo e vendaval, que impactaram o fornecimento de energia elétrica, especialmente em Maringá.
“O mês de abril foi marcado com chuvas acima da média nas regiões Noroeste, Oeste, Sudoeste e Sul do Paraná. Nas demais, os acumulados estiveram próximos ou pouco abaixo da média histórica”, analisa a meteorologista do Simepar, Lidia Mota. Ela também explica que esse comportamento pode ser associado ao enfraquecimento do La Niña – fenômeno natural que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, o que gera uma série de mudanças nos padrões de precipitação e temperatura – e por uma maior interação entre as frentes frias e a umidade que vem da Amazônia.
Os dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) sobre as precipitações em 11 estações meteorológicas revela que na maior parte delas, o índice pluviométrico ficou acima da média. Chegou até a quadruplicar em Foz do Iguaçu (409%), que choveu 299 mm, frente à média histórica de 73,1 mm para o mês.
Confira tabela de precipitações abaixo:
TEMPORAL
Tempestades de granizo e vendaval fecharam o mês atingindo com mais força os municípios das regiões Oeste, Sudoeste, Sul e Metropolitana de Curitiba foram as mais atingidas na madrugada do dia 23. De acordo com o Simepar, a passagem de uma frente fria pelo Estado desencadeou temporais acompanhados de muitas descargas elétricas, rajadas de ventos e chuva de granizo em diferentes cidades. Com rajadas de vento que chegaram a 91,8 km/h, foi considerado um dos piores eventos climáticos na região Noroeste. E o mais severo da história da Copel no município.
No auge das chuvas, 473 mil domicílios chegaram a ficar sem energia, em diversas regiões do Paraná. As equipes da Copel fizeram uma força-tarefa por cinco dias. Às 21h23 da quarta-feira (27), a Copel finalizou o último trabalho de recomposição da rede de energia elétrica de Maringá, destruída pelo vendaval. Ao todo, mais de 800 técnicos e eletricistas de serviços e manutenção, e até de equipes de obras, atuaram nas ruas da cidade para a reconstrução, muitas deles vindos de outras regiões do Paraná. Foram realizados 2.150 serviços. A contabilidade final dos postes quebrados em Maringá pela queda de árvores durante o evento climático foi de 194.
O QUE ESPERAR PARA O MÊS DE MAIO?
Para este mês de maio, a meteorologista explica que a expectativa continua sendo de gradual enfraquecimento do fenômeno La Niña. “O que poderá induzir chuvas próximas um pouco abaixo da média esperada, no entanto não se descarta a possibilidade de algumas regiões apresentarem chuvas acima da média”, cita. O comportamento das temperaturas também deve se manter dentro do esperado.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.
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