Depressão afeta mais de 10% dos brasileiros, afirma Ministério da Saúde

O estudo aponta que a porcentagem de mulheres com depressão é de 14,7%, e de homens é de 7,3%, praticamente a metade.

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    O Ministério da Saúde divulgou, em 7 de abril, mais uma edição da Pesquisa Vigitel. De acordo com o estudo, pelo menos 11,3% dos brasileiros alegaram ter recebido o diagnóstico médico de depressão no ano de 2021.

    Esse estudo é realizado anualmente, e busca conhecer o estado de saúde da população brasilera. É a primeira vez que a Pesquisa Vigitel traz dados sobre a prevalência da depressão.

    Os resultados da pesquisa são importantes para que o governo possa planejar ações e programas voltados para diminuição de casos e tratamentos das doenças registradas.

    O estudo aponta que a porcentagem de mulheres com depressão é de 14,7%, e de homens é de 7,3%, praticamente a metade. Os pesquisadores dizem não haver “relação clara entre o indicador e a faixa etária”.

    Pandemia, depressão e ansiedade

    Segundo a revista científica The Lancet, durante a pandemia da Covid-19, os casos de depressão aumentara em 25% no mundo. O estudo realizado pela revista aponta que os transtornos mentais já eram um “fardo global” na saúde, e foram “exarcebados” com a pandemia.

    Em Maringá, no ano passado, o Hospital Psiquiátrico da cidade lançou uma campanha visando a melhora da saúde mental da população. 

    Segundo os pesquisadores, a quantidade de casos de depressão e ansiedade antes da pandemia eram, respectivamente, de 193 milhões e 298 milhões. Atualmente, a estimativa é de 246 milhões e 374 milhões.

    Assim como a Pesquisa VIgitel, o estudo da The Lancet indica que as mulheres foram mais afetadas do que os homens pela depressão.

    De acordo com os dados, essa diferença entre homens e mulheres se deu por conta de responsabilidades adicionais no cuidado dos integrantes da família e da casa, que eram “mais prováveis de recair sobre as mulheres” durante a pandemia. Além disso, os casos de violência doméstica cresceram muito desde o início de 2020.

    Cuidar da saúde mental é necessário, além dos dados da Pesquisa Vigitel, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil possui o maior indíce de pessoas que sofrem de ansiedade no mundo.

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