O governo do Estado do Paraná deverá desenvolver ações, durante este mês, relacionadas à prevenção do câncer de pele, em atendimento a uma proposição do deputado estadual Anibelli Neto (MDB), debatida e aprovada pela Assembleia Legislativa, que criou em 2016 a Campanha Dezembro Laranja.
A campanha prevê ações de prevenção do câncer de pele e a maior atenção das pessoas para os perigos da exposição excessiva ao sol, principalmente no período de verão. A legislação estabelece que todos os anos, neste mês, sejam promovidas ações preventivas e que ajudem no diagnóstico precoce da doença.
“É um momento muito importante quando chega dezembro para relembrar a importância de se combater o câncer de pele. Hoje se somarmos os casos no Brasil de câncer de próstata e de mama não chega aos números de casos de câncer de pele”, alertou o deputado Anibelli. “O mês de dezembro marca o início do verão e é importante que as instituições e também a Assembleia façam esse alerta para que possamos juntos trabalhar pela importância do combate ao câncer de pele”, completou.
Nesta quarta-feira (1º) como parte das ações do Dezembro Laranja, o grande expediente da sessão plenária será utilizado pela médica Paula Xavier da Silva Schiavon, presidente da Regional Paraná da Sociedade Brasileira de Dermatologiaimos”, e em apoio a Campanha, a Assembleia Legislativa do Paraná estará iluminada na cor laranja durante todo o mês.
Os municípios também deverão desenvolver atividades para a prevenção ao câncer de pele, como Maringá tem feito em anos anteriores.
Dezembro Laranja
A lei determina que a Campanha Dezembro Laranja desenvolva e divulgue informações importantes sobre o câncer de pele, como a realização de exames para o diagnóstico, visitas periódicas ao médico, sintomas, tratamentos e tipos específicos da doença. Além disso, a legislação estimula órgãos da administração pública, empresas e entidades de classe a se engajar no Dezembro Laranja, com ações educativas e preventivas.
Ainda durante a Campanha Dezembro Laranja cinemas de todo o Paraná exibem antes da sessão principal filmes publicitários informativos sobre a conscientização, divulgação e ações de combate ao câncer de pele.
Na própria Assembleia Legislativa, ao longo do mês de dezembro, ocorre uma série de eventos, como audiências públicas, sessões solenes e exposições para abordar o câncer de pele. Nestes encontros, dermatologistas e oncologistas falam sobre as medidas de prevenção e de combate à doença.
Sobre o câncer da pele
Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.
Números
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país. O Inca aponta que, em 2020, foram registrados 8,5 mil novos casos.
Entre os principais sintomas que devem ser observados estão manchas, pintas ou lesões na pele que sangram com facilidade ou não cicatrizam, com textura, mudança de coloração e bordas irregulares, crescimento significativo.
Os sintomas podem variar para cada paciente, por isso a importância de conhecer bem a própria pele e procurar orientação médica ao primeiro sinal de alteração.
Proteção
As recomendações básicas incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 9h às 15h); utilizar chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. A sociedade médica também orienta para o uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a intervalos de duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água.
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