Foi cremado neste sábado em São Paulo o corpo do ex-secretário de Fazenda do Paraná e ex-secretário de Finanças do Estado de Rondônia Erasmo Garanhão, que morreu sábado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Ele sofreu uma parada cardíaca.
Garanhão era economista e tinha formação em Direito, foi secretário de Fazenda da prefeitura de Londrina e foi levado para a Secretaria de Fazenda do Estado quando José Richa se tornou governador.
Ele era amigo pessoal e há muito tempo de Richa, que inclusive tentou protegê-lo quando surgiu um escândalo financeiro que deixou o governo em má situação perante a Assembleia Legislativa e a opinião pública.
O assunto que gerou o escândalo teria sido um empréstimo em dólar que envolvia a Secretaria da Fazenda e o nome de Garanhão logo apareceu no noticiário. Pressionado, José Richa teve que demitir seu secretário favorito, mas conseguiu empregá-lo na equipe do governador de Rondônia Jerônimo Santana, primeiro governador eleito do Estado que acabava de deixar a condição de Território Federal.
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Erasmo Garanhão assumiu a Secretaria de Finanças (Sefin) e outros membros do governo Richa levados por ele formaram a base do governo de Jerônimo Santana. E logo começaram a explodir escândalos e suspeitas de corrupção envolvendo a “República do Paraná”, principalmente seu líder, Garanhão.
Vários processos contra o ex-secretário ainda estão na Justiça de Rondônia.
José Richa morreu, mas Erasmo Garanhão continuou sempre muito próximo à família, tanto que quando o herdeiro de Jose Richa, Beto Richa, foi eleito governador do Paraná e em 2012 assumiu a presidência do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Garanhão foi nomeado secretário Executivo.
A ligação de Garanhão com a família Richa vem desde o início da carreira política do ex-governador e ex-senador José Richa, um dos fundadores do PSDB, e durou até sua morte.
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